O PCP afirmou hoje que o Governo aponta para perspetivas de crescimento económico de 5,5% para o próximo ano, considerando ainda “mais incompreensível” que o executivo diga não ter margem para aumentar salários na administração pública.
“Como é que se compreende, com perspetivas de crescimento económico que este ano são de 4,6% e para o ano podem chegar aos 5,5%, que os trabalhadores da administração pública continuem a perder 11% do seu poder de compra?”, questionou o líder parlamentar do PCP, João Oliveira, após a reunião com o ministro das Finanças e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, na Assembleia da República.
Questionado se o PCP está mais perto ou mais longe de viabilizar o documento depois desta reunião, João Oliveira afirmou que “os elementos de preocupação” do partido se mantêm.
“Não nos foi transmitido pelo Governo nada que nos permita afastar essa preocupação (…) Neste momento, só podemos sublinhar a nossa preocupação com falta de consideração pelo Governo com os problemas globais do país, que integram o Orçamento, mas vão muito para além disso”, admitindo que só depois da apresentação do documento, na segunda-feira, é que o PCP poderá formar uma apreciação que permita definir o seu sentido de voto.
Questionado se ainda existirão reuniões com o Governo antes da entrega da versão final do Orçamento, o líder parlamentar do PCP respondeu afirmativamente: “Há de haver”.