Política
PCP propõe salário mínimo de 1.000 euros em maio
O secretário-geral do PCP propôs hoje subir o salário mínimo nacional para os 1.000 euros em maio e aumentar em pelo menos 70 euros todas as pensões, comprometendo-se a apresentar o programa eleitoral em 25 de janeiro.
“Quando se assinalam 50 anos de Abril, e no próximo mês de maio se assinalarão os 50 anos da criação do salário mínimo nacional, a melhor forma de honrar e cumprir Abril é garantir que já em maio nenhum trabalhador em Portugal ganhe menos de mil euros de salário por mês”, declarou Paulo Raimundo no Encontro Nacional do PCP sobre eleições, em Lisboa, provocando um longo aplauso da plateia, que gritou “é justo e necessário o aumento do salário”.
Numa alusão à proposta do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, o líder comunista defendeu que “a urgência” de aumentar o salário mínimo nacional para os 1.000 euros “coloca-se agora e não em 2028”.
A par desta proposta, Paulo Raimundo voltou a defender que todos os salários devem ser aumentados em 15%, com um mínimo de 150 euros, “colocando o objetivo da convergência do salário médio em Portugal com o salário médio na zona euro em quatro anos”.
No que se refere às pensões, o líder comunista defendeu que reformados, pensionistas e idosos precisam de ter “as suas pensões e reformas devidamente valorizadas”, propondo que em 2024 seja fixado um aumento de 7,5% com efeitos retroativos a janeiro, para garantir “que nenhum reformado tenha um aumento inferior a 70 euros na sua pensão ou reforma”.
“Da mesma maneira garantindo que, já em 2024, a pensão mínima de quem se reforma com 40 anos de desconto passe dos atuais 462 para os 555 euros. Esta é uma medida de grande alcance, de grande significado e de grande necessidade”, disse.
Para Paulo Raimundo, “quem trabalha 40 anos, quem contribui 40 anos de vida com o seu trabalho, tem direito à sua reforma por inteiro, sem penalizações”.
O secretário-geral do PCP defendeu ainda que é preciso “pôr os lucros da banca a suportar o aumento das taxas de juro”, mas também contabilizar “todo o tempo de serviço dos professores, sem mais adiamentos”.
Estas foram algumas das propostas que Paulo Raimundo elencou no seu discurso, em que defendeu que “o PCP não embarca nas manobras dos programas mínimos, em que se escolhem meia dúzia de problemas a resolver fazendo vista grossa de tudo o resto que fica a infernizar a vida ao povo e a comprometer o futuro do país”.
“Apresentaremos a 25 de janeiro um programa eleitoral com o conjunto global de respostas e estamos certos de que nesse programa eleitoral os trabalhadores, os reformados, os jovens, as mulheres, os micro pequenos e médios empresários e muitos outros setores e camadas encontrarão as soluções que correspondem às suas necessidades”, disse.
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