Governo
PCP pede respostas para problemas estruturais para além da pandemia
O líder parlamentar do PCP, João Oliveira, considerou hoje que, para além das respostas a problemas imediatos como a pandemia da covid-19, é preciso resolver “défices estruturais” do país, rompendo “com as opções da política de direita”.
Para o PCP, a questão “é saber que opções é que vão ser feitas, não apenas na resposta imediata à epidemia e aos seus impactos, mas na resposta a estes problemas estruturais e a estes défices estruturais que resultam desses anos de opções de política de direita”, declarou o deputado comunista, na fase final do debate sobre o estado da nação, na Assembleia da República.
Na opinião de João Oliveira, a pandemia veio “pôr a nu” e agravar problemas estruturais que já existiam antes da covid-19, como a “dependência externa, a falta de produção nacional” ou a “liquidação que ao longo dos anos se foi verificando de direitos laborais”.
“Ora, perante esta circunstância, a mensagem principal que o PCP quis deixar neste debate é esta: é que é preciso dar uma resposta imediata a problemas que são de facto urgentes e imediatos mas é preciso que essa resposta tenha o enquadramento, e tenha como objetivo a resposta de fundo aos problemas estruturais do país, e na nossa perspetiva, isso não pode fazer-se com as mesmas opções da política de direita que criaram estes problemas estruturais”, sustentou.
Para o PCP, “é preciso romper com as opções da política de direita e assumir e concretizar uma política alternativa patriótica e de esquerda” como o partido a caracteriza: “que valorize o trabalho e os trabalhadores, que reforce e qualifique os serviços públicos e a proteção social , que garanta o controlo público sobre setores estratégicos”.
“O PCP deixou aqui uma mensagem sobretudo de futuro e uma mensagem de solução destes problemas e continuaremos a bater-nos para que sejam estas as opções a ser concretizadas porque este é o caminho de solução para os problemas nacionais e para garantirmos um futuro de desenvolvimento, de progresso e de justiça social”, rematou.
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