Coimbra

PCP lamenta “grave situação” dos transportes e do trânsito em Coimbra

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 15-01-2023

A concelhia de Coimbra do PCP lamentou hoje a “grave situação” em que se encontram os transportes e o trânsito no concelho e apelou para que sejam tomadas “medidas de emergência” para minimizar a situação.

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Em comunicado, a estrutura partidária alertou para “a carência e degradação dos transportes públicos e a ineficiência e degradação dos SMTUC (Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos de Coimbra), que se agravou desde a tomada de posse desta maioria e deste conselho de administração”.

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No seu entender, são urgentes medidas como “o incentivo ao uso dos transportes públicos e diminuição do uso dos transportes particulares”.

“A Câmara Municipal tem de dar resposta pronta à recuperação e manutenção dos autocarros, aumentar a circulação regular com horários adequados e com valores de passe e bilhética mais acessíveis”, considerou.

Uma análise técnica divulgada na quarta-feira pela Câmara de Coimbra mostrou que os SMTUC têm mais de um quarto dos autocarros da sua frota (26%) com 20 ou mais anos.

Depois de ter divulgado, na sexta-feira, a taxa de veículos imobilizados, que era, a essa data, mais de 40% do total de 178 autocarros, a autarquia decidiu dar continuidade à política de “transparência” em torno dos SMTUC e divulgar uma análise técnica de cada uma das viaturas, com idade, data de entrada ao serviço, estado de conservação e condição atual (se ao serviço, imobilizado, disponível ou para abate).

A lista técnica, consultada pela agência Lusa, mostrou que há 47 autocarros com 20 ou mais anos, cerca de 26% do total da frota.

Numa nota de imprensa, o executivo liderado pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/CDS-PP/Nós, Cidadãos!/PPM/Aliança/RIR e Volt) realçou que a média de idades atual da frota é de cerca de 16 anos, com um “número significativo de autocarros com mais de 25 anos” (cerca de 11% da frota, incluindo os troleicarros).

Segundo a autarquia, o “insuficiente investimento dos últimos dez anos, aliado ao alargamento da oferta em 2020 e 2021, sem a correspondente e necessária renovação da frota, pressionou fortemente a capacidade de resposta adequada dos serviços nos últimos meses”.

O impacto do alargamento da rede só acabou por se sentir em 2022, fruto da redução do serviço dos SMTUC durante a pandemia, justificou o município, considerando que com o fim desses efeitos e o lançamento do serviço de Ecovia sem um plano de renovação de frota puseram os serviços “em rotura”.

“A sua resolução passa, nesta fase, por um plano de renovação de uma frota envelhecida e degradada, já em desenvolvimento e a ser brevemente anunciado”, realçou.

A atual situação dos SMTUC tem gerado debates acesos nas reuniões de Câmara, entre a atual maioria e o PS.

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