Políticos

PCP diz que restrições não podem ser “resposta automática” a cada agravamento da pandemia

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 21-12-2021

O PCP defendeu hoje que o Governo voltou a optar por “soluções restritivas com fortes prejuízos” e que esta “não pode ser a resposta automática” cada vez que há um agravamento da situação epidemiológica.

“As medidas agora anunciadas pelo Governo retomam uma opção por soluções restritivas com fortes prejuízos para os trabalhadores e muitas atividades económicas, que não pode ser a resposta automática para cada situação de mais incidência da covid-19”, sustentou o dirigente comunista Bernardino Soares, através de uma declaração divulgada às redações.

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O membro do Comité Central do PCP acrescentou que é necessário assegurar os “direitos e remunerações”, assim como o “apoio às atividades mais atingidas” pelas medidas anunciadas hoje pelo primeiro-ministro, António Costa, depois de uma reunião do Conselho de Ministros.

“Sem prejuízo do acompanhamento da evolução da situação”, prosseguiu o partido, o país está a viver uma “situação bastante diferente” da que havia “há um ano, uma vez que a grande maioria da população está vacinada e uma faixa significativa dos grupos de maior risco obteve já a dose de reforço”.

Bernardino Soares também disse que é necessário assegurar um “efetivo acesso à testagem gratuita” em todo o país e criticou as declarações de António Costa sobre a exaustão dos profissionais de saúde: “O cansaço e por vezes exaustão de muitos profissionais de saúde, referido pelo primeiro-ministro na sua conferência de imprensa, é, no fundamental, consequência da ausência de uma política de contratação adequada”.

O primeiro-ministro afirmou hoje que falou com o Presidente da República e que o Governo procedeu à informação e audição, por via telefónica, de todos os partidos representados no parlamento sobre as novas medidas de combate à pandemia da covid-19.

Interrogado sobre a recetividade dos partidos em relação às novas medidas, o primeiro-ministro referiu que na segunda-feira esteve várias horas em viagem de regresso a Lisboa, depois de ter visitado as tropas portuguesas na República Centro Africana.

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“Na escala, no sul da Argélia, consegui fazer alguns contactos e outros foram feitos pelo secretário de Estado [dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro], justificou.

Segundo António Costa, na generalidade, os partidos “registaram” o conjunto de novas medidas que o Governo agora anunciou e “um deles”, que não identificou, deu até “algumas sugestões” ao executivo.

“Esperamos que os partidos se unam, assim como temos feito essencialmente ao longo deste tempo, em torno deste objetivo comum a todos: Combater a pandemia e prevenir novas infeções”, acrescentou O Governo decidiu hoje, após uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros, antecipar para o dia 25 de dezembro o encerramento de creches e ateliês de tempos livres (ATL), de bares e discotecas e a obrigatoriedade do teletrabalho.

A partir das 00:00 de 25 de dezembro, o acesso a eventos desportivos e culturais dependerá da apresentação de teste negativo ao coronavírus, independentemente no número de espetadores, e a lotação dos espaços comerciais estará limitada a uma pessoa por cada cinco metros quadrados para “evitar ajuntamentos”.

O acesso a restaurantes, casinos e festas de passagem de ano vai exigir a realização de um teste negativo à covid-19 com esta obrigatoriedade a abranger os dias 24, 25, 30 e 31 de dezembro e 01 de janeiro.

Os ajuntamentos na via pública de mais de 10 pessoas, bem como o consumo de álcool na rua, são proibidos na passagem de ano.

O Governo decidiu ainda aumentar de quatro para seis por mês os testes gratuitos por pessoa nas farmácias.

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