Política

PCP condena “escalada de confrontação” contra Moscovo

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 15-02-2022

O PCP condenou hoje a “escalada de confrontação” que afirmou ser promovida pelos Estados Unidos e a NATO contra a Rússia, com recurso a uma “intensa campanha de desinformação”, que constitui uma “séria ameaça à paz”.

“O PCP condena a escalada de confrontação promovida pelos Estados Unidos da América (EUA) e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) contra a Rússia. Uma escala que, efetuando-se nos planos militar, económico e político, e sendo sustentada por uma intensa campanha de desinformação, constitui uma séria ameaça à paz”, acusou o partido em comunicado.

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Na ótica dos comunistas, “assume uma particular gravidade a inclusão da Ucrânia na estratégia agressiva do imperialismo, concretizada após o golpe de Estado de 2014, que foi promovido pelos EUA, a NATO e a União Europeia (UE), com recurso a grupos fascistas, e levou à imposição de um regime xenófobo e belicista”.

Face à intensificação da “ação agressiva” de Washington e da NATO durante as últimas semanas, o PCP “alerta para o perigo de ações de provocação” contra as “populações russófonas de Donbass e os seus direitos e aspirações”.

O Partido Comunista Português também considerou que Kiev “não só não cumpre os acordos de Minsk”, como também “é responsável por constantes violações do cessar-fogo e por uma massiva concentração de forças militares junto à linha de demarcação”.

No comunicado, o partido advoga que esta situação “não pode ser dissociada” do que considera ser uma “contínua expansão da NATO, que, rasgando compromissos aquando da dissolução do Pacto de Varsóvia e do fim da União Soviética, avança cada vez mais para o leste da Europa, visando o cerco à Rússia”.

A ação dos Estados Unidos, acrescentou o PCP, tem como propósito contrariar “o seu declínio”, no quadro “da crise estrutural do capitalismo e do profundo processo” de restruturação da correlação de forças a nível mundial.

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A crise entre a Rússia e o Ocidente foi desencadeada pelo destacamento de mais de 100.000 tropas russas para próximo da fronteira da vizinha Ucrânia.

O Ocidente acusou a Rússia de tencionar invadir novamente a Ucrânia, depois de ter anexado a península ucraniana da Crimeia em 2014.

Os EUA alertaram, na sexta-feira, que a Rússia podia atacar a Ucrânia “a qualquer momento” e aconselharam os seus cidadãos a sair do país, no que foram seguidos por vários governos, incluindo o de Portugal.

A Rússia, que nega qualquer intenção de invadir o país vizinho, garantiu hoje que algumas das suas forças mobilizadas durante semanas perto da fronteira com a Ucrânia começaram a regressar aos seus quartéis de origem.

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