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Paulo Rangel diz que diabo “não veio pela porta mas entrou pela janela”

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 01-03-2019

O cabeça de lista do PSD às europeias, Paulo Rangel, afirmou hoje que em Portugal “o diabo não veio pela porta, mas entrou pela janela” em áreas como a saúde e a segurança de pessoas e bens.

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“Eles dizem-nos todos que o diabo não veio. É verdade que ele não veio pela porta, mas entrou na janela do Serviço Nacional de Saúde e entrou na janela da segurança de pessoas e bens”, acusou Rangel, no jantar do primeiro dia das jornadas parlamentares do PSD, que decorrem no Porto.

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Para o eurodeputado social-democrata, o diabo – que o anterior líder do PSD Passos Coelho tinha antecipado que chegaria durante o Governo socialista – “está em quem tem de ir aos hospitais, está nos incêndios de Pedrógão, de outubro, de Monchique”.

“Se isso não é o diabo, não sei o que é”, criticou.

Na sua intervenção, Rangel centrou as críticas no seu adversário do PS às europeias Pedro Marques, desafiando o antigo ministro das Infraestruturas a aceitar um debate consigo.

“A SIC convidou-nos para um debate a 05 de março e Pedro Marques recusou o debate porque tem medo de ser confrontado com a verdade e quer editar no Twitter as ‘fake news’ que bem lhe aprouver”, acusou.

Designando Pedro Marques como “o ministro-candidato e candidato-comissário” – numa alusão à possibilidade de vir a ser apontado pelo Governo português como comissário europeu – , Paulo Rangel dedicou-lhe mesmo uma música de António Variações, “Estou Além”: “Só estou bem onde não estou”.

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A Pedro Marques, Rangel apontou ainda responsabilidades nos atrasos nas verbas para a recuperação dos incêndios e no ‘desvio’ de verbas do Fundo da Solidariedade para a administração central.

“Quem era o ministro responsável pela reconstrução e pela reabilitação de quem se esperava que fosse um novo Marquês de Pombal? Era o ministro Pedro Marques”, acusou.

Para Rangel, o candidato socialista “tem um problema de fundo com os fundos” ao dizer que Portugal está em primeiro lugar na execução dos fundos europeus, posição que diz não ocupar desde 2015, com o anterior Governo.

“Nós não vamos tolerar uma relação difícil com a verdade, já tolerámos entre 2005 e 2011, não vamos repetir em 2019”, avisou.

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