Autárquicas
Paulo Penedos lamenta atraso em novo inquérito
O advogado Paulo Penedos, arguido no processo “Face Oculta”, lamentou hoje a demora num caso em que está a ser investigado há vários anos pelo Ministério Público e no âmbito do qual foi alvo de buscas na passada semana, informação que o Notícias de Coimbra deu em primeira mão.
Em declarações à agência Lusa, Paulo Penedos explicou que em causa está uma certidão extraída do processo “Face Oculta” em 2009, para investigar as suspeitas de corrupção e tráfico de influência em concursos da REN – Redes Energéticas Nacionais, de que era então presidente o seu pai, José Penedos.
PUBLICIDADE
O processo está relacionado com adjudicações a empresas para as quais Paulo Penedos trabalhava como advogado, algumas das quais ligadas ao ramo da energia e resultou da análise da perícia financeira às contas bancárias do arguido.
Segundo Paulo Penedos, o processo, que “esteve parado na Comarca do Baixo Vouga sem nenhuma diligência processual”, teve desenvolvimentos na passada sexta-feira com a realização de buscas à sua casa, em Lisboa, e ao escritório, em Coimbra.
As diligências foram presididas pelo juiz Carlos Alexandre, do Tribunal Central de Instrução Criminal, e resultaram na apreensão dos discos rígidos de dois computadores, que tinham sido já analisados pela Polícia Judiciária no processo principal.
Apesar de não se querer alongar em comentários, por respeito à investigação, Paulo Penedos disse que se esta certidão “não tivesse ficado parada quase dois anos no Baixo Vouga, as buscas já teriam tido lugar há mais tempo e as coisas andavam mais depressa”.
Quanto ao novo inquérito, o arguido já tinha afirmado ter prestado declarações no MP, para demonstrar que era advogado da maior parte das empresas em causa antes de o seu pai ser presidente da REN e que todo o trabalho que fez para essas empresas, nada tinha que ver com aquela empresa.
“Estou há quatro anos quase em dedicação exclusiva à minha defesa neste processo e agora nesta nova certidão e, por isso, estou à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos que forem julgados necessários”, concluiu Paulo Penedos, na sua declaração à Lusa.
Related Images:
PUBLICIDADE