Cidade

Paulo Leitão questiona Manuel Machado sobre o prometido “Aeroporto Internacional de Antanhol”

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 24-09-2018

A “questão coimbrã” do “aeroporto que nasceu antes de morrer” marcou a reunião de hoje do executivo municipal de Coimbra.

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Paulo Leitão, Vereador da coligação PSD/CDS/PPM/MPT,  recordou as promessas de Manuel Machado sobre o “Aeroporto Internacional de Antanhol”.

Leia a intervenção de Paulo Leitão:

Todos estamos recordados da promessa eleitoral do Sr. Presidente na última campanha. Não foi certamente um aeroporto na região, nem muito menos um aeródromo em Soure. O que foi prometido com todas as letras, era um Aeroporto Internacional criado a partir da expansão do aeródromo Bissaya Barreto.

Após uma breve pesquisa, é possível recuperar na íntegra as promessas efetuadas em campanha eleitoral. Assim, permitam-me citar o candidato Manuel Machado:

“Seria um erro histórico não transformar este aeródromo numa infraestrutura capaz de receber voos ‘low cost’ e voos ‘charter’ do estrangeiro”

“Seria um erro histórico por três razões. Pelo crescimento do mercado turístico que procura Coimbra e a Região Centro, incluindo Fátima. Pelas graves limitações de oferta aeroportuária do país face à procura internacional, como é público”

“E pelos custos contidos que este investimento exige, os quais, com a comparticipação de verbas europeias, estão perfeitamente ao alcance de uma Câmara que nos últimos quatro anos soube pagar as suas dívidas e capitalizar-se”

“Por estas razões, prolongar a pista até aos 1500 metros e alargá-la não terá custos relevantes”

“Segundo os estudos de engenharia de que a Câmara dispõe (o último é de 2005), o aeródromo pode crescer num dos seus topos com recurso a “terra armada” – um aterro mais complexo – e, no topo contrário, pode crescer para o terreno ocupado com linhas de alta tensão, as quais podem ser enterradas. Não será preciso recorrer a estacaria, indicam os estudos encomendados pela Câmara nas últimas décadas.”

“Esta operação envolve custos na ordem dos 10-12 milhões de euros, incluindo capacitar o piso para receber aviões mais pesados, novas instalações e depósitos de combustível”

À data de hoje e passado apenas um ano e alguns ajustes diretos, o logro já não passa pela ideia do Aeroporto Internacional de Antanhol, está mais contido e defrauda as espectativas criadas. Fala-se agora num mero aeródromo a situar algures no concelho de Soure.

Trata-se de uma realidade e é assumido por todas as forças políticas, que a Região Centro carece de uma infraestrutura aeroportuária, mas temo que a forma atabalhoada e trapalhona como este processo tem sido conduzido venha a pôr em causa esta velha e não nova ambição regional.

A falta de articulação e de concertação entre autarcas e forças políticas é notória, mesmo dentro da mesma força, visto que até o Presidente da CIM da Região de Coimbra defende Monte Real, posição antagónica ao do seu colega de Coimbra.

Como pode o Presidente da Câmara de Coimbra afirmar que Monte Real não é hipótese, e o Colega de Leiria andar ao mesmo tempo a encomendar estudos de procurar de forma a viabilizar a abertura da Base de Monte Real ao tráfego civil.

É caso para questionar se estes senhores não falam uns com os outros, ou se falam, quem é que anda a enganar quem?”

 

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