Crimes

Pastor obrigado a viver como um escravo foi sujeito a agressões físicas frequentes

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 20-01-2023

O homem suspeito de escravizar um pastor em Albufeira, detido na quarta-feira, ficou sujeito pelo tribunal a apresentar-se às autoridades três vezes por semana até ao julgamento, disse hoje à Lusa fonte policial.

De acordo com a mesma fonte, depois de ter sido ouvido em primeiro interrogatório judicial, na quinta-feira, o tribunal decretou ao suspeito, de 30 anos, a medida de coação de obrigação de apresentações trissemanais às autoridades até ao julgamento.

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A Polícia Judiciária (PJ) anunciou na quinta-feira a detenção de um homem suspeito dos crimes de sequestro, furto, ofensas à integridade física e escravidão, cometidos contra outra pessoa que foi sujeita a “exploração laboral”, em outubro passado, numa zona rural do concelho de Albufeira.

O suspeito foi detido na quarta-feira na zona de Lisboa, onde os investigadores da diretoria do Sul da PJ o localizaram, após ter-se ausentado da sua área de residência em outubro, “quando começou a ser procurado como alegado autor dos crimes”, segundo a mesma fonte.

A vítima, de 46 anos, “era alvo de exploração laboral numa atividade de pastoreio e guarda de um espaço circunscrito, sem quaisquer condições de habitação higiene e alimentação, encontrando-se numa condição de escravo e sujeito a agressões físicas frequentes”, alegou a PJ num comunicado.

A fonte explicou que a investigação teve início “após a vítima ter necessitado de assistência hospitalar” e a informação sobre os alegados crimes “ter chegado ao conhecimento dos investigadores”, que apuraram ter sido o patrão a pessoa na origem do tratamento desumano.

A detenção do suspeito deu cumprimento de um mandado do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Albufeira.

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