Política
Parlamento unânime no pesar pela morte da socialista Teresa Alegre Portugal
A assembleia da República aprovou hoje, por unanimidade, um voto de pesar do PS pela recente morte da sua antiga deputada Teresa Alegre Portugal, considerada uma “figura marcante da vida política e cultural nacional”.
Nesta sessão plenária, foram também aprovados votos de pesar apresentados pelo Grupo Parlamentar do PS pelas mortes dos antigos presidente das câmaras de Monchique, Carlos Tuta, e de Condeixa-a-Nova, Belmiro Moita, e pelo falecimento do empresário Manuel Gama.
Assinado pelo secretário-geral e pela líder parlamentar do PS, Pedro Nuno Santos e Alexandra Leitão, o voto de pesar pela morte de Teresa Alegre Portugal, licenciada em Filologia Germânica, refere que a antiga deputada socialista dedicou ao ensino a sua vida profissional.
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“A partir de Coimbra, onde era querida e respeitada por personalidades de todos os quadrantes [políticos], Teresa Portugal foi uma figura marcante da política e da cultura, tendo desempenhado inúmeras funções públicas em democracia, após anos de resistência ao regime do Estado Novo”, lê-se no voto.
No mesmo texto, assinala-se que “na longa noite de luta contra a ditadura, Teresa Portugal foi sempre uma combatente comprometida com os valores democráticos e com a construção de uma sociedade justa e progressista, acompanhando a luta junto do seu marido, António Portugal, conceituado guitarrista da Canção de Coimbra, e seu irmão, o poeta e antigo deputado e vice-presidente da Assembleia da República, Manuel Alegre”.
Entre 2005 e 2009, Teresa Portugal foi deputada do PS à Assembleia da República, “dedicando o seu trabalho parlamentar às causas pelas quais se batera ao longo da vida: a educação e a cultura”.
“Em 2005, em reconhecimento pelo seu combate pela construção da democracia, foi agraciada pelo Presidente da República, Jorge Sampaio, com o grau de Grande Oficial da Ordem da Liberdade”, acrescenta-se.
Também tendo como primeiros subscritores Pedro Nuno Santos e Alexandra Leitão, o voto de pesar sobre Carlos Tuta salienta que este socialista “integrou a plêiade de autarcas que a nível nacional que fez avançar o Poder Local, o associativismo municipal e a associação nacional de municípios”.
“Amado pelo seu povo e respeitado por todos, desde logo pelos que politicamente tinham diferentes opções partidárias, sempre com Monchique e o Algarve no centro da sua ação política e cívica”, acrescenta-se.
Licenciado em finanças, Carlos Tuta foi pela primeira vez eleito presidente da Câmara Municipal de Monchique em 1982, cargo que exerceu ao longo de 27 anos.
Já no voto de pesar pela morte de Belmiro Moita da Costa, o PS sustenta que este autarca, ao longo da sua vida, se dedicou à causa pública como economista, autarca, dirigente partidário, e dirigente associativo.
“Homem de causas, dedicado, empenhado e trabalhador era militante do PS, onde desempenhou relevantes e importantes funções ao longo da sua vida, nos vários níveis de ação política”, refere-se no voto, no qual se destaca que este autarca, em 24 de julho de 2013, foi distinguido com a medalha de mérito municipal atribuída pelo Município de Condeixa.
“Dotado de uma inteligência notável, de um sentido de humor apurado e de um carisma muito próprio, foi um homem que tocou a vida de todos que com ele privaram, pelo exemplo de integridade, dedicação e coragem, cuja presença transmitia respeito e confiança”, acrescenta-se.
Tendo como primeiro subscritor o deputado do PS Paulo Pisco, o voto de pesar da bancada socialista sobre o madeirense Manuel da Gama destaca o “notável empresário emigrado na Venezuela há mais de 70 anos”.
“Na Venezuela, sua pátria de acolhimento, e com grande espírito empreendedor, criou uma das principais redes de supermercados portugueses do país – os conhecidos Gama Supermercados, que empregam hoje mais de dois mil funcionários. Além do sucesso empresarial, Manuel da Gama foi também um importante filantropo, dedicando parte da sua vida às causas humanitárias e ambientais”, refere-se no voto.
O parlamento aprovou igualmente, por unanimidade, um voto de pesar do Chega pela morte do empresário António Fernandes, natural de Argozelo, concelho de Bragança.
“Como tantos outros, partiu para França muito novo, em busca de uma vida melhor, construindo uma carreira de trabalhador dedicado na região de Paris. Empresário de sucesso, subiu a pulso na vida, revelando-se exemplo de empreendedorismo e dedicação para todos os seus companheiros”, refere-se no texto do voto.
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