Política

Parlamento aprova pesar pela morte do histórico socialista Rui Cunha

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 03-03-2023

O parlamento aprovou hoje por unanimidade um voto de pesar pela morte do militante socialista Rui Cunha, considerando que o seu desaparecimento é uma perda para a democracia e o país.

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No texto, da autoria do Grupo Parlamentar do PS, é referido que Rui Cunha filiou-se neste partido em 1974 e que era amigo e “um indefetível admirador” de Mário Soares.

“Até ao fim dos seus dias foi militante do PS, partido de que tinha sido destacado dirigente local e nacional – era um socialista de corpo e alma, democrata ferrenho e, sobretudo, um ser humano muito afável, que transbordava simpatia e impressionava positivamente quem com ele se cruzava”, lê-se.

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Os socialistas salientam que Rui Cunha “dedicou uma parte muito importante da sua vida à militância política a nível local, regional e nacional, tendo participado ativa e dedicadamente em muitos combates e momentos importantes da vida do seu partido”, destacando o seu percurso político.

“Detentor de um longo percurso de serviço público nos setores social e da saúde, de militância cívica e de compromisso com a intervenção política para a construção de respostas para as pessoas, entre 24 de agosto de 2005 e 13 de setembro de 2011, foi Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa – provavelmente, as funções públicas que mais o realizaram porque era um homem que gostava de ajudar os outros”, salientam.

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“O desaparecimento de Rui Cunha constitui uma grande perda para a sua família, para os seus amigos, para o Partido Socialista, para a democracia e para Portugal”, rematam.

O antigo dirigente socialista Rui Cunha, deputado constituinte e secretário de Estado Adjunto do Ministro do Trabalho e da Solidariedade (1999 a 2001) e da Inserção Social (1995 a 1999), morreu no passado dia 23 de fevereiro, em Lisboa, aos 78 anos.

Natural de Lisboa, Rui António Ferreira da Cunha foi deputado à Assembleia Constituinte (1975- 1976) e deputado à Assembleia da República na I Legislatura (1978), na V Legislatura (a partir de 1989) e na VII legislatura (1995).

Segundo a biografia disponível na página do parlamento, Rui Cunha foi membro da Assembleia Municipal de Lisboa, membro da Comissão Nacional e Comissão Política do PS e membro dos XIII e XIV Governos (entre 1995 e 2002).

Foi ainda aprovado em plenário um outro voto de pesar da autoria do PS pela morte de Felícia de Assunção Pailleux, filha de um soldado português que combateu na Primeira Guerra Mundial, que “faleceu no passado dia 16 de fevereiro, aos 96 anos”.

“Ao longo de várias décadas foi a porta-estandarte de Portugal nas comemorações anuais da Batalha de La Lys. Uma batalha travada na Flandres, a 09 de abril de 1918, que marcou tragicamente a participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial (1914-1918)”, escrevem.

Os socialistas destacam que “mais de cem anos após o Armistício de 11 de novembro de 1918, existem ainda muitos descendentes destes soldados e emigrantes portugueses que lutam pela preservação da sua memória e zelam pelo único cemitério militar exclusivamente português em Richebourg, no norte de França, que reúne um total de 1.831 militares mortos”.

“Era o caso emblemático da nonagenária Felícia de Assunção Pailleux, filha do soldado e depois emigrante João Manuel de Assunção Costa, oriundo de Ponte da Barca, que fez parte da 2ª Divisão do Corpo Expedicionário Português (CEP), e que como outros não regressaram a Portugal para ficar na zona geográfica onde combateu, no Nord-Pas de Calais, uma zona de minas de carvão que consumiu muita mão-de-obra estrangeira”, lê-se no projeto.

Desta forma, o parlamento manifestou o seu pesar pelo falecimento de Felícia de Assunção Pailleux, “prestando homenagem à sua dedicação à preservação da memória e transmissão dos valores humanistas de paz e fraternidade, e transmitindo aos seus familiares e amigos as suas sentidas condolências”.

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