No dia 11 de abril comemora-se o Dia Mundial da Doença de Parkinson e convidamos todos a juntarem-se a esta causa “por uma melhor forma de tratar”.
A Doença de Parkinson é uma doença neurológica que afeta principalmente o movimento, provocando sintomas como tremores e lentidão de movimentos. No entanto, o que muitos desconhecem é que esta doença também pode causar cansaço, sintomas depressivos, alterações do sono, dificuldades na fala, dores, entre outros sintomas que afetam significativamente o dia a dia e a qualidade de vida das pessoas.
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Embora ainda não exista uma cura para a Doença de Parkinson, estão disponíveis vários tratamentos que ajudam a controlar os sintomas.
Nos últimos anos, tem vindo a aumentar a evidência científica que suporta os benefícios de outros tratamentos como a fisioterapia, a terapia da fala, a nutrição, a psicologia, a terapia ocupacional e os cuidados de enfermagem, que podem fazer uma diferença importante na vida das pessoas com Parkinson.
Por isso, considero que chegou o momento de repensarmos a forma como tratamos a Doença.
Esta nova abordagem vai além da simples toma de medicamentos ou seguimento em consultas médicas, e defende uma conjugação de “tratamentos” que incluem:
Utilização de medicamentos eficazes, ajustados à fase da doença e às necessidades específicas de cada doente.
Integração de terapias não farmacológicas, como a fisioterapia, a terapia da fala, a terapia ocupacional, a nutrição, a psicologia e a enfermagem, de acordo com os problemas clínicos a prevenir ou tratar.
Acesso a equipas de saúde multidisciplinares, onde diferentes profissionais, médicos, enfermeiros, terapeutas, nutricionistas, psicólogos, trabalham em conjunto para oferecer respostas mais completas e coordenadas.
Promoção do exercício físico, adaptado e orientado, como uma verdadeira ferramenta terapêutica.
Estimulação cognitiva e socialização, essenciais para preservar as capacidades mentais e combater o isolamento.
Educação e informação para doentes, cuidadores e famílias, promovendo a autonomia e uma melhor gestão da doença.
Aproveitamento das novas tecnologias, como sensores de movimento, telemedicina e inteligência artificial, que permitem monitorizar sintomas à distância e ajustar os cuidados de forma mais personalizada.
Trata-se de mudar a forma como olhamos para a Doença de Parkinson. Em vez de nos centrarmos apenas nos medicamentos, devemos considerar tudo aquilo que possa contribuir para melhorar a vida dos doentes e das suas famílias.
A Doença de Parkinson continua a ser um grande desafio. Mas com uma abordagem mais completa, multidisciplinar e verdadeiramente centrada na pessoa, é possível melhorar significativamente a vida de quem convive com esta doença.
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