Opinião
Parir, eis cousa difícil em país sangrado pela demografia
Anuncia a “Fanfarra do asilo” que a Câmara de São João da Pesqueira tem em discussão pública um regulamento para atrair e fixar médicos, que inclui medidas como o pagamento de um “bónus” de mil euros mensais àqueles que fiquem mais de dois anos.
Boa, quando desejámos um filho, uma epopeia de 4 meses e uma fortuna em hotéis, o gajo até quais ir ao nosso casamento. Claro, na altura ainda não sabíamos, só depois, quando vimos os dois riscos vermelhos, é que demos cambalhotas de amor.
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Como o Bernardo, que nasceu a quatro quilómetros da Maternidade Daniel de Matos, em Coimbra. Veio ao mundo numa ambulância dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz, talvez tenham avisado o Santana, e convém que se saiba que a Norte do Mondego, não se ouve nada dessas trapalhadas.
Quando a senhora, ressabiada, desatou a despedir, havia planos e regras.
Ora, “só por desconhecimento ou má-fé podem dizer que não existem ou que não estão a ser implementadas no tempo e modos previstos”. Isto dos planos da saúde, afinal, grita o Luís, “o ponto de partida era muito mau”. Mau? Mas o mérito e as provas dadas não valem de nada no Serviço Nacional de Saúde?
Era? Quem é que despede comandantes em vésperas de batalhas?
A música, a performance que nos contam não são como as justificações dadas ao pai do doutor Nuno.
A malta não é vesga, bem ouvimos o “dêem-nos tempo para fazermos o resto”, como se já tivessem feito alguma cousa.
Sem gritaria e impropérios, só têm feito asneira. E, visto a Norte, onde o Fernando Araújo pôs ordem na barraca, é ainda mais visível a incompetência.
Porque é que a norte do Mondego a coisa até vai e a Sul é o descalabro?
Seria bom pôr os olhos nesses exemplos, perceber porque fazem a diferença. Talvez fosse mais construtivo. Mas não, eles têm um plano.
Histórias por trás de canção, protagonistas de visão única, num momento intimista, sem partilha nem proximidade.
Faltam médicos, e o senhor Guimarães, mais o que se senta na cadeira do Mondego foram sempre contra o aumento de vagas.
Sete anos de estudo, mais 6 para a especialidade e contrariar a Ordem dos Médicos, que sempre impediu novos cursos.
A Ordem dos Médicos conta todos os médicos existentes, não só os ativos. Com a corporação ao rubro, menos médicos dá mais dinheiro aos que ficam e que, sem primor, tiram férias em Agosto.
Falta organização, planos bem feitos sendo que no ano passado tínhamos um plano de saúde que levava em conta o encerramento das urgências de obstetrícia a nível central, movendo os recursos humanos conforme as necessidades.
Este ano descentralizaram os concursos e os 60 dias acabaram por ser ilusionismo e propaganda.
Não conhecemos o território, não lavramos leiras nem queremos sair da bolha. E nisto, o bom do Araújo abala-se, porque isto da saúde, visto de Lisboa, é como Condeixa-a-Nova, empurrada para a nova Comunidade de Saúde que agrupa Lousã, Miranda do Corvo, Penela e Vila Nova de Poiares, estabelecida pelo Conselho Administração da Unidade Local de Saúde de Coimbra.
E mapas, usar bússola para medir o disparate?
Experiências e desafios mexem com o povo e não há como dizer de outra forma. Uns incapazes, levados pela mão do pai do doutor Nuno e a despejar culpas próprias em bolsos alheios.
Uma vergonha. É disso que se trata. E os bastonários, a dos quilómetros e o deputado, sempre a dançar no privado, onde andam?
São dois mil euros de impostos ao mês, não quero um sistema assistencialista, quero organização e respeito.
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