A pílula contracetiva é algo que ainda gera dúvidas e muitas. Normalmente é usada para prevenir gravidezes (mas não só).
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Primeiramente, a pílula divide-se em dois tipos: as contracetivas e as estroprogestivas. As primeiras são conhecidas por contarem com dois tipos de hormonas na sua composição: estrogénio e progestivo. Como explica Irina Ramilo, “o progestativo é o principal responsável pelo efeito contracetivo e o estrogénio pelo controlo do ciclo”.
No segundo caso, conta só com progestativo isolado. A ginecologista esclarece que “os progestativos usados em contraceção são derivados da 19-nortestosterona, da 17 OH-progesterona e da espironolactona e têm diferentes ações consoante os recetores onde atuam preferencialmente”. Por isso, sim, é possível que uma pílula alternativa possa ser a solução para quem não se dá bem com determinado tipo de pílula, “ou pelo menos há algo a tentar antes de trocar de método contracetivo”, refere Irina Ramilo.
Então, qual a menos agressiva para o organismo? Eis mais um mito associado à toma da pílula que Mariana Ormonde derruba ao esclarecer que a toma da pílula por muitos anos seguidos não faz mal ao organismo. “A pílula evita a gravidez através de vários mecanismos, sendo um dos mais importantes a inibição do eixo hipotálamo-hipófise-ovários. Isto faz com que não ocorra a ovulação (que ocorreria mensalmente num ciclo normal) e, consequentemente, se evite fecundação e gravidez. Ora, este efeito só está presente enquanto a utente tomar diariamente a pílula, cessando logo que suspenda a sua toma. Isto é bem percetível se pensarmos que muitas mulheres que se esquecem de tomar da pílula acabam por engravidar de forma não planeada”, pode ler-se na Women’s Health.
Um dos maiores receios é o de ter dificuldades em engravidar no futuro. Apesar da taxa de gravidez ligeiramente mais baixa, por parte das que usam a pílula por mais tempo, como referiu Irina Ramilo, tal deverá estar relacionado com o efeito idade. “O uso de anticoncecionais, nomeadamente a pílula, independentemente da sua duração e tipo, não tem efeito negativo sobre a capacidade de engravidar após o término do uso e não atrasa significamente a fertilidade. Portanto, o aconselhamento adequado é importante para garantir que as mulheres usem os métodos de seu interesse e a duração que desejarem”.
Reconhece ainda a necessidade de esclarecer que a pílula não tem como efeito o aumento de peso. “Apenas está provado cientificamente que a toma da pílula se possa associar a um aumento máximo de 1 a 2kg no peso corporal, não mais do que isso”, garante.
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