Mundo

Papa alerta para “potências malignas” que “esmagam” a humanidade

Notícias de Coimbra com Lusa | 6 horas atrás em 09-03-2025

Imagem: Vatican Media

O Papa Francisco lamentou domingo que o mundo “esteja nas mãos de potências malignas” que “esmagam” a humanidade com os seus interesses e guerras.

Na homilia para a missa do Jubileu dos Voluntários, celebrada na Praça de São Pedro, no Vaticano, e lida em seu nome pelo cardeal Michael Czerny, devido ao internamento do pontífice desde 14 de fevereiro, por problemas respiratórios, o Papa sublinhou que Satanás tenta convencer “que não há pão para os famintos, muito menos das pedras, nem os anjos (…) ajudam nas desgraças”.

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“Em todo o caso, o mundo está nas mãos de poderes malignos, que esmagam os povos com a soberba dos seus cálculos e a violência da guerra”, acrescentou.

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Francisco, na homilia para o Jubileu dos Voluntários, o quinto grande evento deste Ano Santo, que reuniu hoje 25.000 peregrinos para uma missa na Praça de São Pedro, incluindo trabalhadores humanitários e membros da Proteção Civil de todo o mundo, refletiu, neste primeiro domingo da Quaresma, sobre a tentação do demónio sobre Jesus durante o seu retiro no deserto, recordando a condição de “pecadores” de todos.

“Nós, perante a tentação, caímos por vezes; somos todos pecadores. Mas a derrota não é definitiva, porque Deus levanta-nos de cada queda com o seu perdão, infinitamente grande no amor. A nossa prova, portanto, não termina no fracasso”, disse.

No texto lido pelo prefeito do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, Francisco agradeceu também “o serviço aos outros” dos milhares de voluntários que fizeram a peregrinação ao Vaticano, vindos de vários países, para atravessar a Porta Santa da basílica.

“É com alegria que saúdo todos os voluntários que hoje estão presentes em Roma para a sua peregrinação jubilar. Agradeço-vos muito, queridos voluntários, porque, seguindo o exemplo de Jesus, vós servis o próximo sem vos servirdes dele”, disse o pontífice na sua homilia, acrescentando: “nas ruas e nas casas, com os doentes, com os que sofrem, com os presos, com os jovens e os idosos, a vossa dedicação infunde esperança em toda a sociedade”.

Francisco concluiu que, “nos desertos da pobreza e da solidão, tantos pequenos gestos de serviço gratuito fazem brotar os rebentos de uma nova humanidade”.

A missa, que teve o estandarte com o brasão do Papa Francisco pendurado na varanda central da Basílica de São Pedro, vai ser seguida do Angelus, ocasião em que será transmitirá também uma mensagem do pontífice argentino.

Também na tarde de hoje, a Cúria Romana vai reunir-se na Sala Paulo VI para os exercícios espirituais da Quaresma, o período de 40 dias até à Páscoa, “em comunhão” com o Papa, ausente por se encontrar hospitalizado.

O último boletim médico, divulgado na tarde de sábado, informou que Francisco apresenta uma “boa resposta” à terapia e uma melhoria “gradual e ligeira”, embora continue a receber elevados fluxos de oxigénio e terapia para superar a pneumonia bilateral que aflige o Papa de 88 anos.

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