A Câmara da Pampilhosa da Serra quer realizar obras na pista de aviação local, em 2014, para que os aviões tenham autonomia sem precisarem de sair do concelho para reabastecimento durante o combate a incêndios.
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O presidente da Câmara Municipal, José Brito, disse hoje à agência Lusa que esta é uma das apostas da autarquia para o próximo ano, tendo em conta que o concelho, que se estende por um território montanhoso de pequena propriedade, continua a ser um dos mais fustigados pelos fogos florestais.
“Vamos requalificar a pista, que tem 1.000 metros de comprimento. Assim, os aviões envolvidos no combate não têm de ir longe para reabastecer”, acrescentou.
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José Brito realçou que o Centro de Meios Aéreos da Pampilhosa da Serra, interior do distrito de Coimbra, dispõe de um helicóptero, nos meses de verão, e que geralmente os aviões têm necessidade de irem ao aeródromo da Chã do Freixo, na Lousã, para reabastecimento de combustível e das caldas químicas usadas para debelar o fogo.
O orçamento do município para 2014 ronda os 11,7 milhões de euros, refletindo as grandes opções do plano “uma aposta muito grande nas pessoas”, adiantou.
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O autarca social-democrata disse que a autarquia vai prosseguir o esforço financeiro para apoiar o setor educativo, designadamente ao nível da aquisição dos livros, transportes e alimentação dos alunos, fazendo jus ao terceiro lugar que o concelho alcançou, a nível nacional, nos prémios de reconhecimento à educação.
A prevenção dos incêndios e a limpeza dos espaços florestais é outra das apostas, com vantagens para a proteção do património natural local e para a criação de emprego.
A propósito, José Brito salientou que a Câmara Municipal criou cinco novas equipas de sapadores florestais, com cinco elementos cada, “que muito contribuirão” para a preservação da floresta.
Através de um protocolo já celebrado com a Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, a autarquia está empenhada na construção de um novo Centro de Saúde, pois o atual “está muito degradado”.
O concurso público para a obra deverá ser lançado em janeiro, segundo o presidente da Câmara Municipal.
A autarquia tem vindo a apostar no aumento da natalidade, através de apoios financeiros às famílias, com a condição de os cheques serem aplicados em artigos para recém-nascidos nas lojas do comércio local.
Para o primeiro e o segundo filho, os pais residentes no concelho têm direito a uma comparticipação de 1.500 euros.
Se nascerem três filhos ou mais, recebem 5.000 euros por cada um, no âmbito do programa “A minha primeira ajuda”.
Em 2011, nasceram 14 crianças na Pampilhosa da Serra. Registaram-se 15 nascimentos no ano seguinte e 24 em 2013.
“Isto enche-nos de alegria. É sinal de que vale a pena apoiar as pessoas”, disse José Brito, presidente de um dos municípios que perdeu mais população, no distrito de Coimbra, ao longo do século XX, com centenas de famílias a abandonarem o território por razões económicas.
Em 80 anos, devido ao êxodo rural, a quebra de população atingiu os dois terços, tendo descido de 13.459 habitantes, em 1930, para 4.481, em 2011.
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