Coimbra
Pampilhosa da Serra espera “sensibilidade” do Governo para manter Finanças
O presidente da Câmara da Pampilhosa da Serra, o social-democrata José Brito, rejeitou hoje o eventual encerramento da repartição de Finanças do concelho e pediu “alguma sensibilidade” ao Governo para tal não acontecer.
“Não temos alternativa próxima”, disse José Brito à agência Lusa, tendo em conta que os balcões de Finanças de dois concelhos vizinhos, Arganil e Góis, poderão igualmente fechar, numa parcela do território nacional onde a desertificação não cessou nas últimas décadas.
Por seu turno, o presidente da Câmara Municipal de Penacova, Humberto Oliveira, do PS, alertou que o provável encerramento de repartições de Finanças, de norte a sul, contribuirá “para cavar cada vez mais o fosso entre o litoral e o interior” do país.
O Diário de Notícias (DN) divulgou hoje um mapa da reorganização dos serviços de Finanças, que o Governo alegadamente está a preparar, concebido pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos com base no cruzamento de diversos dados.
No distrito de Coimbra, segundo o DN, além dos municípios de Penacova e Pampilhosa da Serra, também poderão fechar as repartições de Arganil, Condeixa-a-Nova, Miranda do Corvo, Penela, Góis e Mira, num total de oito.
“Somos portugueses e pagamos impostos como os outros”, disse o autarca da Pampilhosa da Serra, evitando tomar uma posição definitiva sobre a questão “enquanto não tiver a certeza” sobre o que está previsto para o concelho.
Reeleito para a liderança do município, nas autárquicas de 29 de setembro, José Brito disse que, nos próximos dias, vai contactar o secretário de Estado das Finanças e o diretor-geral dos Impostos “para tentar perceber” o futuro da repartição local de Finanças.
Em Penacova, onde Humberto Oliveira foi reconduzido nas últimas eleições locais, a autarquia “vai apresentar soluções alternativas” ao Governo para evitar o encerramento da repartição da vila.
“Será possível racionalizar e garantir ao menos alguns serviços em Penacova”, defendeu.
O autarca do PS revelou que, na semana passada, enviou um ofício ao diretor-geral dos Impostos a expressar “preocupações que não são novas” nesta matéria.
“Há nisto uma irracionalidade enorme”, afirmou, ao dar os exemplos das repartições de Finanças da Pampilhosa da Serra, Arganil e Góis, no interior montanhoso do distrito de Coimbra, que integram a lista dos balcões a encerrar, segundo o mapa divulgado hoje pelo DN.
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