Região

Pampilhosa da Serra e 140 proprietários acordam emparcelamento de terras para vinha

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 13-04-2022

A Câmara Municipal da Pampilhosa da Serra aprovou a minuta de contrato de arrendamento rural para exploração vitivinícola, com mais 140 proprietários de 162 parcelas de terreno, localizados junto à aldeia do Trinhão.

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A decisão foi aprovada, por unanimidade, na reunião de executivo municipal, na segunda-feira, revelou hoje a Câmara daquele município do interior do distrito de Coimbra.

As 162 parcelas de terreno correspondem a cerca de 70 hectares de terreno, para exploração vitivinícola, no Vale do Zêzere, na Pampilhosa da Serra.

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“Em causa está o desenrolar da primeira da fase da Operacionalização Integrada de Gestão da Paisagem (OIGP) da Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP) da Travessa, que prevê a reconversão da paisagem através da instalação de vinha, numa área superior a 80 hectares, composta por múltiplas parcelas, pertencentes a múltiplos proprietários”, refere a autarquia, numa nota de imprensa enviada hoje à agência Lusa.

Este primeiro passo de emparcelamento é “importante e decisivo”, porque permitirá a candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), para tentar aceder a fundos comunitários para a plantação da vinha, sublinha, citado na mesma nota, o presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, Jorge Custódio.

A AIGP da Travessa corresponde a uma área de cerca de 4.000 hectares, no entanto, este emparcelamento, para cerca de 80 hectares, corresponde apenas à primeira fase da operacionalização.

“Só podemos avançar se tivermos financiamento e só conseguimos financiamento se tivermos os terrenos na Câmara Municipal”, explicou o autarca.

O presidente agradeceu aos proprietários que “acreditaram no projeto e se envolveram”.

“Todos entenderam que, mais importante do que o valor que iam receber do arrendamento, é o exemplo que podem dar ao concelho e ao país, de neste interior conseguirem fazer um projeto diferente”, adiantou.

Todos os proprietários assinaram os contratos de arrendamento e foi também assinada uma declaração de compromisso para “vender os terrenos à Câmara Municipal”.

A autarquia conclui frisando que continua “empenhada em funcionar como motor de arranque” de um projeto “geracional”, que poderá ter um impacto profundo na valorização e revitalização territorial.

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