Palmira de Jesus Heleno comemorou, esta quarta-feira, 12 de fevereiro, 103 anos rodeada de familiares e amigos, num animado jantar no Restaurante Adiafa, em Cantanhede.
Nascida em 1922, na pequena localidade de Pedreira, em Febres, Palmira construiu uma história marcada pela força, determinação e uma alegria de viver que continua a contagiar todos à sua volta.
Desde cedo, a vida impôs-lhe desafios. Cresceu numa família humilde, onde aprendeu o valor do trabalho e da união. Ainda jovem, assumiu o papel de cuidadora, dedicando-se de corpo e alma à família.
Casou, teve seis filhos e, aos 41 anos, ficou viúva com uma filha recém-nascida e outros quatro filhos para sustentar. O destino colocou-lhe obstáculos difíceis, mas nunca conseguiu dobrar o seu espírito.
Com coragem e uma vontade inabalável, Palmira enfrentou cada adversidade. Trabalhou incansavelmente, primeiro como criada e depois a vender galinhas de porta em porta, garantindo sempre o sustento da família.
Apesar das dificuldades, nunca perdeu a alegria nem a generosidade. “A vida não foi fácil, mas ela nunca se deixou vencer”, recorda a filha mais nova, Fátima Catarino, emigrante em França, que nunca falta a um aniversário da mãe.
O tempo passou, mas a lucidez e a determinação de Palmira permaneceram intactas. Aos 103 anos, pode já não ter a mesma força física, mas mantém o espírito vibrante e cheio de vida. A sua neta Regina Rato conta, entre risos, que a avó “ainda vai para o quintal às escondidas tratar das plantas”, mostrando que a sua energia parece inesgotável.
A sua vida é um testemunho de resistência e amor. Com seis filhos, 14 netos, 22 bisnetos e quatro trisnetos, Palmira continua a ser o pilar da família.
Com um olhar sábio e palavras cheias de experiência, Palmira mantém-se vaidosa, bem-humorada e disposta a partilhar conselhos com quem a rodeia.
A sua filosofia de vida resume-se numa frase simples, mas poderosa: “Viver um dia de cada vez… até Deus querer.”
E assim, com a mesma garra que sempre teve, Palmira celebra mais um aniversário, rodeada pelo amor da família e pelo respeito de todos aqueles que conhecem a sua história.
Afinal, como ela mesma diz: “Elas querem mandar, mas quem sabe mandar sou eu!”
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