Coimbra
Pais encerram escolas de Coimbra e exigem mais assistentes operacionais
Vários protestos marcaram hoje o início do dia em algumas escolas de Coimbra, devido à falta de assistentes operacionais, que colocam em causa a segurança e a qualidade do ensino.
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À porta da sede do Agrupamento de Escolas Rainha Santa Isabel, na Adémia, mais de 100 pais concentraram-se antes das 08:00 para protestar contra a situação “grave e preocupante” que se vive, segundo a presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação.
À agência Lusa, Edite Balaus salientou que o agrupamento é frequentado por 1.300 alunos, distribuídos por 15 escolas, que têm ao serviço 24 funcionários, “quando deveriam ser 55, pelas contas” da associação.
“Em causa está a segurança, a higiene, já que esta situação leva a que falte limpeza nas salas de aula e nas casas de banho”, disse a presidente da Associação de Pais, frisando que a sede do agrupamento tem 503 alunos e absorve 11 assistentes operacionais.
Segundo Edite Balaus, há escolas “com uma higiene deplorável” e uma em que é a professora que “abre e fecha” o estabelecimento, além de uma outra escola frequentada com 93 alunos e “apenas um funcionário”.
“A Delegada Regional de Educação está avisada da situação desde o último ano letivo e continua a dizer que os rácios estão a ser cumpridos, contando inclusivamente para esse rácio as funcionárias de baixa médica”, lamentou a representante dos pais, salientando que os assistentes ao serviço estão “extenuados”.
Também na Escola Solum Sul, os pais e encarregados de educação protestaram contra a falta de funcionários no estabelecimento, que é frequentado por 286 crianças e que atualmente tem apenas ao serviço quatro assistentes operacionais.
Sandra Vasconcelos, presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação, disse à agência Lusa que a situação é mais grave porque a escola é frequentada por alunos com problemas de saúde e necessidades educativas.
“A higiene é deficiente e há meninos que não fazem xixi na escola até os pais os virem buscar, o que não saudável”, frisou a dirigente.
Na Escola Eugénio de Castro, que acolhe alunos do 5.º ao 9.º ano, os pais e encarregados de educação fecharam o estabelecimento a cadeado, no seguimento de uma deliberação tomada em assembleia-geral, também em protesto contra as más condições de higiene e segurança provocadas pela falta de funcionários.
Entretanto, a PSP já reabriu a escola, mas os alunos não entraram.
“Esta manifestação é para mostrar a nossa preocupação e apreensão face ao que se está a viver nesta escola, que deveria ter 22 funcionários, mas que tem 21 atribuídos, dos quais sete estão de baixa médica”, explicou Carlos Domingues, presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação.
O dirigente salientou ainda o facto de a escola ser antiga, constituída por pavilhões pré-fabricados dispersos, que “torna mais difícil” o trabalho dos assistentes operacionais, e ser frequentada por 920 alunos, mais 140 do que no anterior ano letivo.
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