Um novo estudo veio levantar preocupações sobre o consumo de granizados por crianças com menos de oito anos.
A investigação, publicada após várias hospitalizações nos Estados Unidos e no Reino Unido, associa estas bebidas a um conjunto de sintomas graves, que os especialistas estão a chamar de ‘síndrome de glicerol’.
PUBLICIDADE
O estudo analisou 21 casos de crianças que desenvolveram problemas de saúde após o consumo de granizados. Entre os sintomas registados estão perda de consciência, hipoglicémia (queda rápida do açúcar no sangue) e aumento dos níveis de ácido no organismo, sinais que podem indicar um tipo de envenenamento ou doença metabólica.
PUBLICIDADE
Os granizados, frequentemente vendidos como bebidas “sem açúcar” ou “sem adção de açúcares”, contêm glicerol, uma substância usada para manter a textura sem que a bebida congele completamente. Contudo, o impacto desta substância em crianças pequenas pode ser mais severo do que se pensava.
A maioria dos casos analisados envolveu crianças com cerca de três anos e meio, sendo que os sintomas apareceram, em média, 30 minutos após o consumo da bebida. Dos 21 casos estudados, 16 crianças apresentaram uma diminuição significativa da consciência. Apesar da gravidade dos sintomas, todas as crianças conseguiram recuperar após a estabilização dos níveis de glucose no sangue.
A Food Standards Agency do Reino Unido recomenda que crianças com menos de quatro anos não consumam bebidas com glicerol e aconselha que crianças com menos de dez anos não bebam mais do que uma dose. No entanto, os investigadores do estudo sugerem que a idade mínima de consumo deveria ser elevada para oito anos, de forma a evitar riscos desnecessários, como se pode ler no Correio da Manhã.
Os especialistas alertam ainda para a falta de transparência sobre a concentração de glicerol nestas bebidas, o que dificulta a definição de uma dose segura. Como medida preventiva, recomendam que os pais estejam atentos às composições dos produtos consumidos pelas crianças e evitem oferecer-lhes estas bebidas até que haja mais segurança sobre os seus efeitos.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
