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Os formidáveis ovos de Fabergé: alimentam o olhar o ano todo!

Notícias de Coimbra | 12 minutos atrás em 05-02-2025

Muitas pessoas desconhecem a existência dos famosos ovos de Fabergé. Tratam-se de itens caríssimos que foram produzidos na Rússia czarista. Estas peças de joalharia fina são autênticas preciosidades. São peças raras e de luxo que muitos podem sonhar ter, mas poucos têm essa oportunidade. 

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Atualmente, as peças de joalharia realizadas por Fabergé são bastante atrativas, mas o paradeiro de parte desses ovos é desconhecido. Alguns exemplares encontram-se presentes em museus ou nas mãos de milionários com bom gosto. 

Descubra um pouco da história do joalheiro que está na origem dos fascinantes ovos de Fabergé.

O homem Peter Carl Gustavovich Fabergé 

Peter Carl Gustavovich Fabergé é o nome de um ourives e joalheiro de um talento extraordinário. Este ourives nascido em 1846 é conhecido por Peter Carl Fabergé ou como Karl Gustavovich Fabergé. Ele assumiu o importante papel de ourives oficial da corte imperial russa e também de outras monarquias na Europa. 

O seu pai, Gustav Fabergé, estagiou como mestre ourives, em São Petersburgo. Posteriormente, abriu uma pequena joalharia. Peter fez formação, realizou estágios e aprofundou os seus estudos em ourivesaria. Em 1882, após o falecimento do seu pai, Peter estava apto a assumir o negócio de família.

Ora, um pouco depois desse momento, o Czar Alexandre III viu algumas das obras de Fabergé que se encontravam em exposição. Ele ficou maravilhado e quis apresentar alguns desses artigos. 

Eles foram exibidos no Museu Hermitage como obras de arte moderna, exemplares que espelham peças de primeira qualidade russas. Em 1885, foi realizada a primeira encomenda à Casa Fabergé. 

Os ovos Fabergé foram parte do trabalho de Peter. Tornaram-se mesmo as suas peças mais populares. Estes ovos tornaram-se conhecidos internacionalmente.

Tradição familiar

Foi o czar Alexandre III que começou a encomendar estes belos trabalhos em miniatura para dar de presente à sua mulher. Maria Flodorovna, a sua esposa, era uma jovem 

princesa Dagmar da Dinamarca. 

Ela tinha sido enviada para a Rússia devido a um casamento combinado com o Czar da Rússia. Por isso, ela sentia-se triste. Estava longe da sua família e sozinha numa terra estranha. 

Naturalmente, nesse contexto difícil, sofria de saudades de casa e de depressão. Por isso, o Czar encomendou uma joia em forma de ovo para acabar com a tristeza da sua esposa. 

Após ver o primeiro ovo Fabergé, a czarina recuperou o ânimo. O presente agradou tanto à esposa do Czar que se tornou numa tradição. Ele passou a oferecer-lhe um precioso ovo anualmente, sempre na Páscoa. 

Posteriormente, o seu filho Nicolau II manteve a tradição familiar e continuou com as encomendas, oferecendo na mesma altura um ovo à sua esposa, Aleksandra Fyodorovna Romanova, e outro à Imperatriz Mãe. Desta forma, a família imperial russa recorreu a este joalheiro com frequência entre 1885 a 1916.  

Deste modo, os ovos Fabergé foram encomendas frequentes. Eram peças verdadeiramente fascinantes, criadas por este joalheiro com extraordinária habilidade e com uma capacidade para revelar pormenores incríveis. 

Ao longo destes anos, foram criados 69 ovos de Páscoa de beleza ímpar, com cores e formatos bem distintos. Contudo, todos espetaculares.

Com o surgimento da Revolução Russa, a tradição quebrou-se. Nesse contexto, muitas joias desapareceram. Atualmente, há cerca de uma dezena que continua por encontrar.

Peças extraordinárias

Ao longo da sua vida, Fabergé criou um vasto conjunto de ovos de Páscoa que são peças de joalharia com uma qualidade ímpar. A empresa dirigida por Peter Carl Fabergé foi contratada para este serviço, tendo sido responsável pela criação de mais de meia centena de peças. 

Os ovos Fabergé ficaram conhecidos mundialmente. Tratavam-se de peças que apresentavam desenhos bastante elegantes, que evidenciavam grande qualidade técnica do ourives. Cada detalhe apresentado nessas peças de joalharia foi pensado ao mais ínfimo pormenor.

Estas peças apresentam um mecanismo no meio que permite uma abertura que revela surpresas tão misteriosas quando encantadoras. Inicialmente, os ovos foram projetados para apresentar um anel de diamantes no seu interior. A diversidade destas peças foi surgindo, existindo modelos que apresentavam pingentes de rubi, relógios e colares. 

O primeiro ovo Fabergé deu início à tradição e apresentava um ovo branco. Este ovo é feito de ouro e apresenta-se esmaltado na parte externa. Por isso, faz lembrar um ovo de galinha verdadeiro. 

As duas metades deste ovo abrem-se para revelar no seu interior uma gema de ouro, que dentro de si revela uma galinha. Originalmente, havia duas surpresas: um pingente de rubi e uma réplica em diamantes da coroa imperial. No entanto, esses elementos encontram-se desaparecidos.

A joia deste tipo, avaliada no mercado como a mais cara, é o “Terceiro Ovo de Páscoa Imperial”. Esta peça singular da joalharia mundial apresenta ouro de 18 quilates. O ovo de Fabergé foi produzido em 1887, sendo uma peça destinada ao czar russo Alexandre III, que encomendou a peça para presentear a sua esposa, Maria Feodorovna.

Museu Fabergé

O Museu Fabergé de São Petersburgo está situado nas deslumbrantes instalações do Palácio Shuvalov, que foi restaurado para ter condições de apresentar o seu antigo esplendor.

Este espaço museológico foi inaugurado no ano de 2013. O Museu Fabergé é um local que apresenta algumas das peças mais belas que foram fabricadas pelo ourives oficial da corte imperial russa.

No Museu Fabergé, podemos contemplar uma coleção extensa. Há muito mais para conhecer do que os conhecidos Ovos de Fabergé. Neste espaço, encontram-se outras peças de elevado valor. A coleção apresenta mais de 1.500 peças que ajudam a contar a história de São Petersburgo, nomeadamente relógios, talheres e joias preciosas.

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