A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos afirma que “face à gravidade da situação reportada pela falta de capacidade de resposta cirúrgica nalguns turnos no Serviço de Urgência no Hospital Geral (Covões)”, o Colégio de Especialidade de Cirurgia decidiu fazer uma auditoria às condições de formação ao Serviço de Cirurgia Geral daquele pólo que integra o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).
Segundo a Ordem dos Médicos, perante as insuficiências já denunciadas na urgência e no serviço de cirurgia no plano formativo, e caso se verifique que não estão reunidas as condições exigíveis, o serviço poderá ficar impedido de continuar a formar médicos especialistas em Cirurgia Geral,
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“A urgência geral de adultos do Hospital dos Covões não poderá dar uma resposta complementar se não conseguir cumprir os requisitos mínimos de atendimento aos utentes, uma vez que o atendimento integrado não surge perante a junção de serviços dispersos fisicamente”, sustenta o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos.
De acordo com Carlos Cortes “se a administração hospitalar não pugnar pelos requisitos mínimos definidos pelo respetivo colégio de especialidade, a Ordem dos Médicos terá de interditar a capacidade formativa a jovens cirurgiões naquele pólo, advindo daí consequências nefastas na assistência aos utentes”.
Recorde-se que, de acordo com o que define o Colégio de Cirurgia da Ordem dos Médicos, “o número mínimo da equipa de Cirurgia Geral em cada Urgência é de três especialistas, podendo um ser substituído por um Interno dos três últimos anos de especialidade. Também está definido que, no caso de necessidade de intervenção cirúrgica, deverá haver, no mínimo, três cirurgiões no hospital, com conhecimento e capacidade para executar a intervenção”.
A administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) rejeitou no dia 14 de maio que a urgência do Hospital Geral (Covões) esteja sem capacidade de resposta da cirurgia em alguns turnos, como denunciou a Ordem dos Médicos.
O CHUC garante que a segurança dos doentes não está em risco, “como se pode comprovar pelo total de cirurgiões incluídos nas escalas de urgência do CHUC, de que o polo Hospital Geral (Covões) faz parte”.
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“Também não está ameaçada face ao modo integrado como a Urgência do CHUC funciona”, lê-se no comunicado.
Esta resposta do CHUC surgiu depois de nesse dia a Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos ter denunciado que o Serviço de Urgência do Hospital dos Covões “está sem capacidade de resposta nalguns turnos de cirurgia”.
Alertou também para o risco de a equipa de cirurgia do serviço não conseguir sequer “cumprir os requisitos mínimos” definidos pelo colégio de especialidade, a partir de junho.
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