Coimbra
Ordem dos Médicos exige correção da distribuição de vagas na região Centro
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) anunciou hoje que reclamou junto do Governo a correção das vagas para assistente graduado sénior nos hospitais da região.
A SRCOM refere em comunicado hoje enviado à agência Lusa que “continuará a acompanhar este processo e continuará a exigir transparência de procedimentos, reclamando a correção das vagas”.
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Segundo a nota, o presidente da SRCOM, Carlos Cortes, enviou uma missiva aos colegas e uma carta à ministra da Saúde sobre o assunto.
Aquela entidade adianta que reclamou “a publicação dos critérios utilizados pelo Ministério da Saúde na distribuição das vagas para o concurso de assistente graduado sénior (a categoria de topo na carreira médica do Serviço Nacional de Saúde – SNS)” e que “está a receber inúmeros pedidos de intervenção por parte dos colegas que repudiam a escassez de vagas para a região, tal como está no Despacho n.º 9253/2019 de 14 de outubro de 2019”.
“É lamentável que o Ministério da Saúde, advogando-se como defensor do SNS, falhe o seu objetivo à primeira oportunidade. É lamentável que o Ministério da Saúde não reconheça a importância e o contributo fundamental das carreiras médicas para a sustentabilidade do SNS”, escreve Carlos Cortes num comunicado enviado a todos os médicos da região.
No documento, o responsável acrescenta que, na região Centro, “os cuidados de saúde primários não tiveram qualquer vaga, nem para a Medicina Geral e Familiar, nem para a Saúde Pública”.
“Foram ignoradas a maioria das especialidades hospitalares, prejudicando ainda mais o nível assistencial e formativo dos serviços. Das 200 vagas abertas a nível nacional, só 7,5% foram atribuídas à região Centro”, aponta.
Na carta, assume ainda que “as vagas para assistente graduado sénior são estratégicas para o desenvolvimento do SNS, para o funcionamento das equipas multidisciplinares, para o aprofundamento da diferenciação técnica e para a adequada estruturação dos serviços”.
“Entendemos a qualificação dos serviços e subjacente alargamento da capacidade formativa como pilares de uma política de cuidados de saúde sustentável e consentânea com as necessidades das populações e legítimas expectativas dos profissionais de saúde, em termos de carreiras e de condições de trabalho”, considera Carlos Cortes.
O presidente da SRCOM incita os responsáveis dos hospitais, dos Agrupamentos dos Centros de Saúde e da Administração Regional de Saúde do Centro “a questionarem a tutela face a esta medida tão penalizadora para a região”.
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