Coimbra
Ordem dos Médicos do Centro acusa Ministério da Saúde de histeria cega
“O Ministério da Saúde está a querer resolver em semanas um problema de décadas, numa histeria cega e perigosa relativamente à Medicina Geral e Familiar”. Quem o diz é o Presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), Carlos Cortes, a propósito da proposta de aumentar de 1900 para 2500 o número de utentes de cada médico de família, em troca de um aumento de 740 euros mensais.
Para Carlos Cortes, “esta é mais uma proposta a juntar a várias que o Ministério da Saúde tem feito e que não fazem qualquer sentido”. E acrescenta: “Outros exemplos disso são o projeto aprovado na semana passada em Conselho de Ministros que permite atribuir a especialidade de Medicina Geral e Familiar aos clínicos gerais que tenham seis anos de prática clínica, bem como a proposta de pôr fim ano comum do internato médico”.
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O Presidente da SRCOM considera que o Ministério da Saúde “adotou, claramente, uma estratégia de desvalorização da formação médica e da qualidade da prestação dos cuidados de saúde, sendo que o que parece importar é a quantidade de atos médicos e não a qualidade dos mesmos, que tem sido reconhecida internacionalmente e que começa agora a ser posta em causa”.
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