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Ordem dos Médicos critica retrocesso na progressão da carreira de Medicina Intensiva

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 03-02-2015

A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) critica a visível descoordenação dos serviços do Ministério da Saúde ao descurar a importância da carreira hospitalar de Medicina Intensiva, tendo em conta a abertura do concurso de habilitação ao grau de consultor em várias especialidades da carreira médica.

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Segundo a SRCOM, o Ministério da Saúde esquece a importância desta área médica no tratamento dos doentes agudos graves, desde as unidades de cuidados intensivos ao papel decisivo que podem ter os intensivistas nas salas de emergência dos serviços de urgência.

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A aparente tentativa de resolver o grave problema dos serviços de urgência não passa de uma medida de diversão, afirma a  SRCOM, que grante que “continuam a ser desprezados os cuidados de saúde primários, o que provoca uma pressão ainda mais intolerável na área das urgências”.

No caso da Medicina Intensiva, a SRCOM considera que o concurso de habilitação ao grau de consultor (Aviso no 1146-B/2015, de 30 de janeiro) é uma ameaça inequívoca à subespecialidade de Medicina Intensiva, uma vez que promove a descontinuidade desta carreira hospitalar decisiva na cadeia de prestação de cuidados críticos nos Hospitais a doentes agudos em risco.

Ao pretender que os intensivistas a concurso prestem provas apenas na sua especialidade-base, o Ministério da Saúde revela a incoerência entre a recente abertura de concurso para lugares de Medicina Intensiva nos hospitais e esta decisão de cercear a progressão na carreira na mesma área. Ainda no passado recente, os médicos intensivistas puderam fazer a normal progressão na carreira Hospitalar, conclui a SRCOM.

A aposta na valorização da carreira de Medicina Intensiva, em todos os hospitais onde existe essa valência, deveria ser uma absoluta prioridade.

A SRCOM denuncia esta descoordenação dos serviços do Ministério da Saúde, uma vez que as Administrações Regionais de Saúde aceitaram os candidatos e, a seguir, por imposição da Administração Central do Sistema de Saúde, negam a sua progressão na carreira médica na área dos Cuidados Intensivos. Não basta publicitar intenções, é preciso ser consequente.

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