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Ordem dos Médicos critica atraso de nomeações na Guarda e Castelo Branco
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) criticou hoje o atraso na nomeação, pelo Governo, dos novos conselhos de administração das unidades locais de saúde (ULS) da Guarda e de Castelo Branco.
A posição da SRCOM surge numa altura em que o país vive uma crise sanitária sem precedentes, “com o recrudescimento de novos casos de covid-19 e com um risco de transmissibilidade da covid-19 (RT) em franco agravamento na região Centro, de que resultam as consequentes exigências e desafios à capacidade de decisão e de liderança das unidades de saúde”.
Em comunicado enviado à agência Lusa, a SRCOM apela à ministra da Saúde “para pôr fim ao inexplicável atraso de mais de 10 meses” para a nomeação dos conselhos de administração daquelas duas unidades de saúde do interior do país.
“O Ministério da Saúde está a tardar em proceder à nomeação dos administradores das ULS de Castelo Branco e da Guarda, deixando estas unidades de saúde amputadas do dever de liderança eficaz numa fase especialmente complexa como a que estamos a viver”, critica Carlos Cortes, presidente daquela estrutura.
O responsável, citado na nota, considera a situação como “mais uma prova flagrante de incompetência e de desleixo do Ministério da Saúde perante a gestão da pandemia”.
A SRCOM lembra que a ULS de Castelo Branco está atualmente sem presidente do Conselho de Administração “já que este se reformou há sete meses”.
A ULS da Guarda continua a ser liderada pela médica Isabel Coelho, que iniciou funções no dia 02 de maio de 2017 e terminou a comissão de serviço no dia 31 de dezembro de 2019.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 41,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.245 pessoas dos 109.541 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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