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Ordem dos Médicos alerta ministério e ARS para “grave” falta de recursos humanos em Condeixa

O Conselho Regional do Centro da Ordem dos Médicos alertou hoje para as “graves carências em recursos humanos no Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Mondego sequência da visita efetuada à Unidade de Saúde Familiar Fernando Namora, em Condeixa, realizada em julho, revelando que deu conhecimento desta “preocupação” à Administração Regional de Saúde do Centro e ao Ministério da Saúde.
A Secção Regional do Centro (SRCOM) considera “inaceitável que a falta de assistentes técnicos em número adequado esteja a obrigar os médicos e os enfermeiros a fazerem a triagem administrativa dos utentes, prejudicando assim a atividade clínica e a prestação direta de cuidados de saúde”, divulgou em nota enviada ao Notícias de Coimbra.
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Carlos Cortes, presidente da SRCOM, afirma que “não é sensato nem admissível colocar profissionais altamente diferenciados a realizarem tarefas puramente administrativas retirando esses profissionais das consultas aos utentes e dos tratamentos que deveriam estar a executar”.
“A falta de assistentes técnicos é algo significativo, tendo em conta que deveriam estar quatro assistentes técnicos ao serviço e só se encontra um neste momento”, acrescenta Carlos Cortes que “lamenta que existam vários pedidos de mobilidade de assistentes técnicos, um deles há quase dois anos, que ainda não estejam concretizados”.
“Como é possível uma unidade desta dimensão, em Condeixa, ter de desperdiçar o trabalho médico e de enfermagem sem que superiormente haja a capacidade de resolver esta situação?” – questiona o responsável do Centro da ordem profissional.
“Não podemos deixar de louvar o trabalho excecional desenvolvido por todos os profissionais de saúde da USF Fernando Namora e da USF Condeixa” conclui reconhecendo que “apesar de todas as dificuldades e constrangimentos vividos, devido à falta de recursos humanos, têm conseguido dar uma resposta exemplar, nesta fase crítica de Covid-19 que estamos a viver”. Alerta ainda que “agora é tempo do Ministério da Saúde e das estruturas locais darem um contributo para que definitivamente estes obstáculos sejam ultrapassados de vez.”
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