Região

Orçamento 2025: Pampilhosa da Serra destina nove milhões de euros para obras

Notícias de Coimbra com Lusa | 6 minutos atrás em 20-11-2024

O Orçamento e Grandes Opções do Plano (GOP) 2025 do Município de Pampilhosa da Serra, no montante de 25,7 milhões de euros, prevê nove milhões para investimento em obras de vulto, foi hoje anunciado.

Segundo o executivo municipal (PSD), o documento, aprovado por maioria na terça-feira, é o maior de sempre naquele concelho do interior do distrito de Coimbra.

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“Trata-se de um orçamento ambicioso, cujo foco é o apoio às famílias, instituições, empresas e tudo o que é o coração social e económico do concelho”, frisou o presidente da autarquia, Jorge Custódio, em comunicado enviado à agência Lusa.

O autarca explicou que a maior fatia do orçamento (nove milhões) “está relacionada com obras de grande vulto, que o município pretende concluir ou iniciar com receita proveniente de apoios comunitários, sobretudo o Programa Operacional 2030 e o Plano de Recuperação e Resiliência”.

“No início do mandato fizemos uma aposta forte na elaboração de projetos sólidos e agora, com os avisos abertos, esse trabalho prévio está a ser vertido na execução de obra através destes quadros de financiamento”, explicou.

A execução da Estratégia Local de Habitação, com aquisição e construção de imóveis para arrendamento a custos acessíveis, a implementação da Bolsa Nacional Urgente e Temporária em vários locais do concelho, a construção de espaço de ‘coworking’ e incubadora de empresas “Pampilhosa da Serra Business Center” estão entre as obras a executar no próximo ano.

Em 2025, o município ambiciona ainda construir a ponte sobre o Rio Unhais para facilitar a mobilidade no centro da vila e proceder ao arranjo urbanístico da zona do Cabecinho, obras consideradas estruturantes que “têm cabimentação, no sentido de aproveitar ao máximo as possibilidades concedidas pelos fundos comunitários”.

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O orçamento da Pampilhosa da Serra para o último ano de mandato “tem como base a concentração de meios na coesão social, economia e emprego, cultura, desenvolvimento territorial e turismo, áreas em que atuação do município é relevante e decisiva para a qualidade de vida dos cidadãos, bem como para manter a narrativa de trazer pessoas ao interior, ao Centro da Natureza e incentivar à descoberta das potencialidades do território”, destacou Jorge Custódio.

O executivo municipal realçou ainda que a Câmara mantém em vigor regulamentos para apoiar a vida das famílias, das empresas e das associações, como o Apoio ao Empreendedorismo e Atividade Económica, Incentivos à Recuperação do Edificado Concelhio, Apoio à Natalidade, Incentivo à Criação de Emprego, Atribuição de Benefícios Sociais aos Bombeiros Voluntários e Programa de Apoio à Reconstrução de Habitações Não Permanentes.

O único vereador da oposição (PS), Ricardo Serra, justificou o voto contra o Orçamento e Grandes opções do Plano para 2025 com as opções políticas do executivo, “muito centrada no betão”.

Em declarações à agência Lusa, o autarca socialista salientou que, num território “altamente despovoado, que perde cinco a seis por cento de população por ano”, a prioridade da autarquia deveria ser as pessoas.

“A receita em obras que não acrescentam nada nem trazem pessoas para o município não está a resultar e a Câmara tem de contribuir para estancar isto”, salientou o vereador.

Segundo Ricardo Serra, as apostas municipais deviam passar pelo investimento em floresta e na atração das pessoas com vínculo ao concelho que estão fora, sobretudo dos aposentados naturais da Pampilhosa da Serra.

O autarca socialista defendeu ainda uma solução para o hotel da vila, encerrado há três anos, que envolva o município e o proprietário, já que a autarquia aposta em turismo e “depois tem uma unidade daquelas fechada”.

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