Cidade
Oposição voltou à sessão de Câmara de Coimbra que continua sem público nem comunicação social
O PS de Coimbra disse hoje que o regresso dos vereadores sociais-democratas e do movimento Somos Coimbra (SC) às reuniões presenciais significa que os partidos da oposição na Câmara acabaram com “o embuste político que montaram nos últimos meses”.
“O PSD e Somos Coimbra decidiram [hoje] voltar às reuniões da Câmara Municipal de Coimbra”, depois de “quase dois meses de ausência, de fuga às suas responsabilidades”, afirma a Concelhia do PS de Coimbra, numa nota enviada à agência Lusa.
Os dois vereadores do PSD, eleitos no âmbito da coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT, e os dois representantes do movimento SC faltaram às reuniões da Câmara de Coimbra desde que foi declarado estado de emergência (que terminou em 02 de maio), alegando falta de condições de segurança, temendo a infeção da covid-19 e defendendo a realização dessas reuniões à distância, através da Internet.
O presidente da Câmara, Manuel Machado, manteve, no entanto, as reuniões presenciais, embora as tenha transferido da sala de sessões para o Salão Nobre, para dispor de mais espaço e assegurar o distanciamento social entre os participantes.
Estas sessões têm sido também fechadas ao público e à comunicação social e assim deverão manter-se até 30 de junho, de acordo com a legislação em vigor, no âmbito da pandemia.
Aqueles vereadores da oposição fugiram “às suas responsabilidades” e “sem qualquer vontade de substituição dos seus representantes em caso de ausências justificadas”, acusam os socialistas, considerando que se percebe “agora que foi tudo um embuste que camuflou a falta de propostas credíveis e da vontade de contribuir” para que a pandemia “tivesse líderes da oposição e representantes políticos da oposição à altura da cidade”.
Tratou-se de “um embuste político” que os vereadores do PSD e do SC “teimaram em tentar cavalgar, esquecendo que deste lado [nas reuniões da Câmara] estiveram os funcionários municipais e serviços municipais essenciais que permitiram que a cidade não parasse” e garantisse “uma resposta à altura, serena, responsável e com capacidade de responder atempadamente às necessidades e segurança das pessoas”, sustenta o PS.
Os vereadores do PSD e do SC anunciaram no domingo, num comunicado conjunto, o seu regresso, hoje, às reuniões presenciais da Câmara de Coimbra, embora “sob protesto”, segundo uma intervenção do vereador José Manuel Silva, do SC, na reunião de hoje, citado numa nota daquele movimento.
De acordo com uma nota do PSD, igualmente enviada hoje à agência Lusa, o vereador Paulo Leitão, deste partido, “dado a lei prever a possibilidade e a situação epidémica o justificar,” anunciou que iria propor, “em conjunto com o Somos Coimbra, durante a reunião de hoje, a alteração do Regimento das Reuniões de Câmara, para que pelo menos até 30 de junho estas obrigatoriamente ocorram por videoconferência”.
O executivo municipal de Coimbra é constituído por cinco eleitos do PS, três da coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT – um dos quais passou a independente no final de 2019 –, dois do SC e um da CDU.
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