Coimbra

Oposição acusa maioria de falta de diálogo no Mercado de Natal de Coimbra

António Alves | 1 ano atrás em 13-11-2023

Os vereadores José Dias, Raquel Veiga (PS) e Francisco Queirós (CDU) criticaram a falta de diálogo da maioria relativamente à programação de Natal na cidade e que levaram ao cancelamento do Mercado de Natal na Praça do Comércio.

O socialista disse que a reação “intempestiva” de João Francisco Campos (presidente da União das Freguesias de Coimbra) “é indiciadora do desencontro de expectativas entre as entidades organizadoras, ainda para mais quando é realçado o sucesso do Mercado de Natal na sua última edição”.

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“Afinal, o que aconteceu? Os elementos da coligação não comunicam entre si? Seria necessário chegar ao ponto do Senhor Presidente da União de Freguesias bater com a porta no dia anterior ao lançamento das celebrações desta festividade, lançando uma sombra numa época que se quer de união e de alegria? Não há planeamento?”, questionou.

Já Francisco Queirós reconheceu que “no processo de composição da programação Municipal de Natal não houve o cuidado e a preocupação de dialogar e envolver as instituições e os agentes da cidade que tradicionalmente organizam iniciativas públicas na quadra natalícia”. Daí que tenha questionado: “não foi possível (ou não se considerou necessário) dialogar com a União das Freguesias da cidade, que publicamente anuncia o seu desagrado?”.

Na intervenção feita no Período Antes da Ordem do Dia, o eleito da CDU lamentou que em todo este processo não se tenha falado “com os artesãos que habitualmente participam no Mercadinho de Natal e que para ele se preparam ao longo do ano, sobre estas alterações e que se viram confrontados com o cancelamento da iniciativa e que, em razão do valor pedido, ficarão muitos deles também impedidos de participar na denominada “Coimbra Magic Land”.

“É que, se no mercadinho de Natal pagariam 250 euros, a participação no “Coimbra Magic Land” obrigava ao pagamento de cerca de 2 500 euros”, afirmou Francisco Queirós, lembrando que apesar de ser “pública a preferência da maioria no executivo municipal pelos grandes eventos e pela ideia de “marca” (…) seria bom, que essa preferência não fosse, ao menos, sempre prosseguida à custa de quem, sendo pequeno, cá vive todos os dias e depende dos frutos do seu trabalho”.

O tema foi também abordado pela vereadora Raquel Veiga (PS). A autarca, que voltou a substituir Regina Bento na bancada da oposição, recordou que “por decoro” escusava-se a “falar da capacidade de diálogo com os atores públicos locais”. “Tenho que registar, que até com o líder da concelhia, do maior partido da coligação, a câmara tem dificuldade em colaborar”, disse.

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