A operação de segurança rodoviária no período de Natal e Ano Novo registou 26 mortes, mais três do que em 2022, na sequência de mais de 7.000 acidentes, segundo o balanço apresentado hoje.
Os dados são relativos ao período entre 15 de dezembro de 2023 e 02 de janeiro de 2024, durante a campanha de segurança rodoviária “O melhor presente é estar presente”, e dão conta de 7.072 acidentes nas estradas portuguesas, menos 689 do que em igual período do ano anterior.
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Destes mais de 7.000 acidentes, resultaram 26 vítimas mortais, 125 feridos graves e 2.049 feridos ligeiros.
“Face ao período homólogo 2022/2023, a sinistralidade rodoviária registada traduziu-se num crescimento de 13,0% no número de vítimas mortais e de 6% no número de feridos graves, não obstante a diminuição de 8,9% no número de acidentes”, referiu a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.
No final da apresentação do balanço, em declarações aos jornalistas, a secretária de Estado da Proteção Civil afirmou que os números “não confortam de forma nenhuma”.
“Convocam-nos, por outro lado, a continuarmos este trabalho integrado, este trabalho sério, que é um trabalho de médio e longo prazo. Não há uma resposta única, não há uma solução única para este problema. É uma resposta integrada”, defendeu Patrícia Gaspar.
Destacou, a propósito, a “visão zero” que está plasmada na nova Estratégia de Segurança Rodoviária, um sistema que classificou como “seguro” e que está em implementação.
“Queremos vias seguras, queremos veículos seguros, queremos uma boa resposta em termos pré-hospitalares, queremos condutores cada vez mais conscientes do papel que desempenham. É o conjunto destas diferentes abordagens que, estamos absolutamente convencidos, nos vai permitir reduzir ou recuperar o percurso de sucesso que foi feito nas últimas duas décadas”, apontou a secretária de Estado.
Os dados hoje apresentados deram igualmente conta de que foram fiscalizados 11,5 milhões de veículos, mais 57% do que no período homólogo, quer presencialmente, quer com recurso a controlo por radar, algo que a secretária de Estado garantiu que continuará a ser feito durante 2024.
De acordo com Patrícia Gaspar, a fiscalização não só continuará a ser feita em relação ao álcool, velocidade ou uso do telemóvel, mas também com “uma atenção especial” aos motociclos, uma dimensão que a secretária de Estado admitiu que preocupa o Governo.
Do total de fiscalizações feitas a veículos, houve 78,6 mil infrações, sobretudo por excesso de velocidade (45.387).
Entre os 11,3 milhões de veículos fiscalizados por radar, 45,4 mil circulavam com excesso de velocidade. Por outro lado, dos 140,9 mil condutores sujeitos a teste de álcool, 2.509 apresentaram uma taxa de alcoolemia superior à máxima permitida, o que resultou em 1.260 detenções e 1.249 contraordenações.
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