Mundo
ONG transfere 30 rinocerontes brancos de uma reserva de caça para o Ruanda
A organização não-governamental (ONG) African Parks transferiu 30 rinocerontes brancos de uma reserva de caça sul-africana para o Parque Nacional de Akagera, no leste do Ruanda, anunciaram hoje as autoridades ruandesas.
A responsável do turismo do Conselho de Desenvolvimento do Ruanda, Ariella Kageruka, declarou que a introdução de rinocerontes brancos no Ruanda “irá expandir o seu alcance atual” e apoiar “a sobrevivência a longo prazo da espécie”.
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“Esta é uma oportunidade para o Ruanda fazer progressos substanciais na contribuição para a proteção dos rinocerontes”, disse Kageruka, numa conferência de imprensa em Akagera.
A responsável também relatou que estes rinocerontes provinham de uma reserva de caça sul-africana conhecida como Phinda.
Nos últimos seis anos, a ONG Parques Africanos – contratada pelo Governo ruandês para gerir o Parque Nacional Akagera – reintroduziu com sucesso leões e rinocerontes negros, que foram expulsos da área pela caça furtiva e degradação do habitat no parque nas décadas de 1980 e 1990.
O trabalho dos guardas-florestais e vários programas para as comunidades locais beneficiarem economicamente da natureza selvagem reduziram a caça furtiva em Akagera para níveis mínimos e o número de animais aumentou de 5.000 em 2010 para 13.000 atualmente.
O parque nacional – a única savana do Ruanda – acolhe elefantes africanos, búfalos selvagens, girafas Masai e mais de 490 espécies de aves, entre muitos outros animais e plantas.
Existem, de momento, cerca de 18.000 rinocerontes brancos em oito países da África Austral e Oriental.
Estas populações diminuíram 12% entre 2012 e 2017 devido, principalmente, à caça furtiva, o que levou a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) a classificar os rinocerontes brancos como uma espécie “quase ameaçada”.
Só na África do Sul, os caçadores furtivos mataram pelo menos 1.000 rinocerontes por ano entre 2013 e 2017, devido à grande procura dos seus chifres em alguns países asiáticos, de acordo com a ONG Save The Rhino.
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