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Onda de ataques russos na Ucrânia no sábado provocou pelo menos 26 mortos e 81 feridos

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 15-01-2023

A onda de ataques russos no sábado em várias regiões da Ucrânia provocou pelo menos 26 mortos e 81 feridos, informou hoje o vice-chefe do gabinete do Presidente ucraniano, Kyrylo Tymoshenko.

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Numa mensagem no Telegram, citada pela agência Ukrinform, o responsável precisou que, segundo as administrações militares regionais, na região de Dnipropetrovsk houve 21 mortos e 74 feridos; em Donetsk, cinco mortos e quatro feridos; em Sumy, um ferido, e, em Kherson, dois feridos.

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O Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia informou que as forças russas lançaram três ataques aéreos e 57 ataques com mísseis no sábado e também abriram fogo com múltiplos sistemas de lançamento de foguetes em 69 ocasiões, especificamente contra a infraestrutura civil.

Entretanto, as equipas de resgate encontraram um sobrevivente nos escombros de um prédio residencial em Dnipro, onde o impacto de um míssil provocou pelo menos 21 mortos, disse à televisão o autarca daquela cidade, Borys Filatov.

“Posso confirmar. Eu vi o início desta operação de resgate com os meus próprios olhos. Algures no quinto andar, as equipas de resgate encontraram um homem que dava sinais de que estava vivo. Trouxeram um guindaste e uma maca para o retirar. Diante dos meus olhos, aproximou-se um veículo de resgate”, disse.

Recordando que, segundo a polícia nacional, estão a ser procuradas 40 pessoas cujos familiares pediram ajuda, Filatov falou em 21 mortos e 71 feridos, incluindo 13 crianças, além de 38 pessoas resgatadas.

O autarca diz ter pedido aos chefes dos diferentes serviços que não registassem cada morte, mas esperassem pelo fim da operação de resgate.

“Honestamente, acho que haverá dezenas de vítimas”, afirmou, embora acrescentando acreditar que ainda há possibilidades de encontrar pessoas com vida.

Segundo os cálculos do autarca, a operação de resgate terminará por volta das 03:00 de segunda-feira.

Numa mensagem anterior, o presidente do conselho regional da região de Dnipropetrovsk referiu que o impacto do míssil destruiu 72 apartamentos e deixou mais de 230 danificados.

As autoridades da cidade de Dnipro declararam três dias de luto.

Os ataques russos foram realizados pouco depois de o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, ter telefonado ao seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, para lhe anunciar que o Reino Unido será a primeira potência ocidental a enviar tanques de primeira linha para Kiev.

Isto apesar dos receios, no seio da NATO, de que esta decisão possa ser considerada pela Rússia como uma escalada da guerra.

A ofensiva militar lançada pela Rússia contra a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e sanções políticas e económicas a Moscovo.

A invasão russa causou, até agora, a fuga de mais de 14 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus –, de acordo com os mais recentes dados das Nações Unidas, que classificam esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945).

As Nações Unidas consideram confirmados 6.952 civis mortos e 11.144 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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