Escolas
Oferta televisiva é complementar, mas não substitui trabalho dos professores
O primeiro-ministro, António Costa, explicou hoje que a oferta televisiva para o ensino à distância “é complementar, mas não substitui o trabalho direto dos professores com os alunos”, abrangendo todo o ensino básico em blocos de dois anos.
Em resposta aos jornalistas depois de anunciar que até ao 9ºano todo o terceiro período prosseguirá com ensino à distância, com avaliação, António Costa garantiu também que está em curso um plano específico “relativamente às crianças com necessidades educativas especiais”.
O primeiro-ministro afirmou que as transmissões televisivas começam no dia 20, na RTP Memória, e “haverá atividades letivas todos os dias úteis da semana, de segunda a sexta, por blocos de dois anos”.
“Esta oferta televisiva é complementar, mas não substitui o trabalho direto dos professores com os seus alunos”, alertou.
De acordo com o primeiro-ministro, esta oferta “vai abranger todos os anos do ensino básico”, do 1.º ao 9.º, chegará ao conjunto das matérias e começará de manhã no primeiro ano até chegar ao nono ano, que será mais ao fim da tarde.
Segundo António Costa, fruto da autonomia das escolas, há alunos que já estudaram certa matéria que o professor já optou por dar e outros que só vão agora estudar no terceiro período, não podendo a televisão “fazer esta distinção”.
“A televisão vai transmitir as ofertas pedagógicas em largo espectro, mas depois o trabalho específico, esse tem que ser feito por cada professor, diretamente com os seus alunos, como fizeram ao longo destas duas primeiras semanas de interrupção”, precisou.
O chefe do executivo aproveitou para anunciar que “haverá um conjunto de atividades de apoio pedagógico para as crianças do pré-escolar na RTP2”, mas com “uma natureza distinta desta programação de conteúdos pedagógicos, estruturados, através da RTP Memória”.
Questionado sobre a possibilidade de serem mudadas as regras de acesso ao ensino superior, Costa foi salientou que não se podem “mudar as regras a meio do percurso”.
“Temos que respeitar o esforço que os alunos já fizeram e não podemos deitar fora esse trabalho”, defendeu.
Para o primeiro-ministro, o caminho passa por “conseguir mitigar os efeitos que esta situação tem, procurando assegurar as melhores condições de igualdade para todos”.
Também em relação ao processo de avaliação para os ensinos profissional e artístico, Costa garantiu que este “tem que ser adaptado às presentes circunstâncias”.
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