Portugal

Obras de requalificação do IP3 consignadas. Intervenção orçada em 103 milhões

Notícias de Coimbra | 2 horas atrás em 25-03-2025

O Auditório Municipal de Tondela foi pequeno para todos aqueles que quiseram assistir na tarde desta segunda-feira (24 de março) à consignação das obras de requalificação e duplicação do Itinerário Principal (IP) 3 no troço entre Santa Comba Dão e Viseu. A intervenção está orçada em mais de 103 milhões de euros. 

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A cerimónia de assinatura do auto de consignação da empreitada contou com a presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro, do ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, e de vários autarcas da região. 

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Na abertura da sessão, a presidente da Câmara de Tondela, Carla Antunes Borges, fez votos de que “a obra se inicie rapidamente”. “É uma obra que para nós Tondela vai trazer dinâmica económica e social”, salientou, falando mesmo num “grande dia” para o concelho e para a região. 

A autarca pediu ao primeiro-ministro para que o Governo avance também com o melhoramento do restante traçado do IP3. Lembrando que a tutela já tinha pedido à Infraestruturas de Portugal (IP) para apresentar até junho um plano de ação e as obras necessárias para a duplicação do IP3 entre Santa Comba Dão e Souselas, Carla Antunes Borges solicitou a Luís Montenegro que esse projeto, que também é “muitíssimo importante” para Tondela, “pudesse concretizar-se rapidamente”. 

Depois desta intervenção, subiu ao palco o presidente da IP, Miguel Cruz, que explicou toda a empreitada, que classificou de “complexa”, e que irá ser concretizada ao longo de 870 dias. O empreiteiro vencedor da obra já está autorizado a ir para o terreno. 

As obras, num total de 27,5 quilómetros, visam aumentar a capacidade e melhorar o traçado deste percurso, e a segurança rodoviária, permitindo que a via passe a ter um perfil de autoestrada. Depois desta intervenção, o tempo de viagem entre Coimbra e Viseu será reduzido em 20 minutos. 

“O que está em causa aqui é a duplicação da atual plataforma do IP3 com perfil transversal, com duas por duas vias, assim como a introdução de vias de aceleração e de abrandamento regulamentares nos nós de ligação”, apontou. 

“Os objetivos são melhorar a ligação entre Santa Comba Dão e Viseu, aumentar a segurança, a comodidade da circulação rodoviária, reduzir o atual tempo de percurso e melhorar as condições de eficiência para o tecido económico da região e nacional”, completou. 

Além do alargamento da estrada, da melhoria do traçado e da remodelação dos nós, o projeto inclui a alteração dos sistemas de drenagem, reforço do pavimento, obras de contenção de muros, a melhoria da sinalização e do sistema de segurança, e o arranjo, demolição e construção de obras de arte. 

A cerimónia de consignação da requalificação e duplicação do troço do IP3, de Viseu a Santa Comba Dão, foi encerrada pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, que disse compreender “a frustração das populações” da região que há anos esperam pela revitalização desta estrada, com “obras tantas vezes prometidas, ansiadas e depois não materializadas”. 

“A coesão territorial faz-se com obras como estas. Este território fica muito mais qualificado do ponto de vista da segurança e do potencial económico”, defendeu. 

“Hoje é um dia de esperança, é isso que vejo aqui. Vejo a esperança a nascer, uma obra que é importante para a região, para o país, uma obra que corresponde a uma grande reclamação das populações da região”, acrescentou. 

Em resposta à presidente da Câmara de Tondela, o primeiro-ministro anunciou “o compromisso inabalável do governo de transformar [o IP3] numa via em formato de autoestrada de uma ponta à outra”, ou seja, de Coimbra a Viseu. 

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