A Câmara da Pampilhosa da Serra, concelho onde nasceu o arcebispo emérito de Braga Eurico Dias Nogueira, que morreu na segunda-feira, aprovou hoje um voto de pesar pelo desaparecimento do prelado.
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O presidente da Câmara, José Brito, salientou à agência Lusa a intervenção pública de Eurico Dias Nogueira, “não só na Igreja”, incluindo “o percurso missionário que teve em África”.
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“Foi um grande homem, com um percurso de vida muito ativo”, adiantou o autarca social-democrata, autor do voto de pesar aprovado hoje de manhã em reunião do executivo municipal da Pampilhosa da Serra.
Eurico Dias Nogueira, de 91 anos, morreu na segunda-feira à noite, após ter sido internado de urgência no hospital de Braga.
“Era um homem muito atento ao seu concelho e a tudo o que ia acontecendo no país, para que a justiça imperasse”, disse o presidente da Câmara da Pampilhosa da Serra.
José Brito realçou que o arcebispo emérito de Braga visitava a terra natal “sempre que podia”, tendo sido agraciado pela autarquia em 2005, na presidência de Hermano Almeida, com a Medalha de Mérito Municipal.
Eurico Dias Nogueira, que participou no Concílio Vaticano II, em 1962, nasceu em Dornelas do Zêzere, Pampilhosa da Serra, em 1923, frequentou o Seminário de Coimbra e foi ordenado sacerdote em 1945, segundo a página da Arquidiocese de Braga na internet.
Em 1964, foi nomeado titular de Vila Cabral, atual Lichinga, em Moçambique, no mesmo ano da sua ordenação episcopal, em Coimbra, e em 1972 foi transferido para Sá da Bandeira, hoje cidade de Lubango, em Angola, tendo o papa aceitado, em 1977, o seu pedido de resignação da então elevada a Arquidiocese de Lubango.
Nesse ano, foi nomeado arcebispo de Braga, cargo atualmente desempenhado por Jorge Ortiga.
O corpo de Eurico Dias Nogueira encontra-se desde as 10:00 de hoje na Sé Catedral de Braga, onde a missa exequial será realizada na quarta-feira, às 15:30
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