Novas e detalhadas imagens 3D dos destroços do Titanic vieram dar razão às testemunhas que relataram os últimos momentos de luta da tripulação para salvar os passageiros.
A equipa de engenheiros liderada por Joseph Bell, o chefe de máquinas do navio, continuou a trabalhar até ao último momento para manter as luzes e a eletricidade, mesmo enquanto o navio se afundava no Atlântico.
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As imagens foram geradas a partir de mais de 700 mil fotos captadas em 2023 pela National Geographic e pela Atlantic Productions, resultando num modelo 3D de alta resolução dos destroços do famoso transatlântico. O novo modelo revelou uma caldeira visivelmente côncava e uma válvula de vapor aberta na popa do navio, o que sugere que a equipa de Bell manteve os sistemas de energia a funcionar para permitir o lançamento seguro dos botes salva-vidas durante a noite escura, após a colisão com o icebergue.
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“Permaneceram nos seus postos o máximo de tempo possível, mantendo as luzes acesas e dando tempo à tripulação para salvar o maior número de vidas possível”, disse o analista do Titanic, Parks Stephenson citado pelo ZAP. Para o especialista, a válvula de vapor aberta simboliza o sacrifício dos engenheiros, que lutaram contra o caos até ao fim.
A equipa de investigação, que também enfrentou o desafio de preservar o local do naufrágio, enfrenta agora uma corrida contra o tempo. O Titanic, submerso nas profundezas do oceano há mais de 110 anos, está a ser gradualmente destruído pela ferrugem, pela água salgada e por microrganismos marinhos, que aceleram o processo de desintegração. “O novo modelo digital é crucial para as futuras explorações e estudos do Titanic”, explicou Stephenson.
Além disso, as novas imagens mostram a vigia estilhaçada na parte frontal do navio, confirmando o relato de sobreviventes sobre a entrada do gelo nas cabines no momento do impacto. Embora os danos na proa inferior estejam agora enterrados no fundo do mar e invisíveis para as câmaras, as simulações indicam que o icebergue rompeu seis compartimentos estanques, dois a mais do que o navio poderia suportar, o que provavelmente determinou o trágico destino do Titanic.
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