Coimbra
O que se sabe sobre quem matou o sócio do café Nicola?
A Polícia Judiciária do Centro marcou uma conferência de imprensa, esta quarta-feira, 4 de outubro, para fornecer mais esclarecimentos sobre a morte de Mário Luís Oliveira, um dos sócios do café Nicola, sito na Baixa de Coimbra.
Jorge Leitão, diretor da PJ do Centro refere que o desaparecimento podia ser voluntário ou não. No entanto, “elementos recolhidos pela PSP, pela GNR e PJ conclui-se que eventualmente poderia não ser voluntário e que poderíamos estar perante um crime”.
“Perspetivou-se a privação da liberdade contra a sua vontade, equacionou-se crime de sequestro e o inquérito ficou alojado aqui, no DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal de Coimbra] de Coimbra” com investigação da Judiciária que salienta que foi “complexa”.
Adianta ainda que “seguiram-se várias linhas de investigação e nenhuma foi descartada. Chegou-se a uma linha mais consistente que levou a este desfecho:
encontrou-se o corpo” de Mário Luís Oliveira.
Estamos “perante um crime de homicídio qualificado e crime de profanação de cadáver”, diz, uma vez que o corpo “estava oculto, escondido numa fossa contígua à residência onde vivia na altura o suspeito e que agora se encontra detido”, sublinha Jorge Leitão.
“Foi hoje que se permitiu concluir que estávamos perante, não de um crime contra a liberdade, contra a vida, mas sim um homicídio qualificado” onde “há fortes indícios de alguém ter morto deliberadamente este empresário”, frisa.
Quanto à identidade do possível autor do crime, o diretor da PJ do Centro refere apenas que “é estrangeiro, tem 36 anos, tem situação legal no nosso país desde 2021, trabalhava na zona de Coimbra e tinha a sua vida estruturada”.
No que diz respeito à motivação e como foi morto, ainda “não está totalmente esclarecida”, acrescenta. Sabe-se que vítima e homicida “conheciam-se” e só a autópsia poderá revelar mais detalhes .
Durante a investigação, “o suspeito colaborou de algum modo a partir determinada altura”, contudo a autoridade tem “noção de como foi morto, mas o segredo de justiça impede” essa divulgação, afirma Jorge Leitão.
“Nada foi detetado no telemóvel e contas bancárias”, conta.
A PJ aponta que “a morte tenha ocorrido no mesmo dia ou próximo do dia do desaparecimento” e “na área daquela casa onde apareceu o carro”, mas terá “que ser melhor apurado”, conclui.
Veja o vídeo do NDC:
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