Justiça

O que sabemos e as reviravoltas que ninguém esperava do crime da Murtosa

Notícias de Coimbra | 1 hora atrás em 26-11-2024

3 de outubro de 2023. Certamente, uma data que ficará na memória da família Silva da Murtosa. 12 meses de sofrimento sem saber onde está Mónica Silva, de 33 anos e grávida de sete meses.

Desapareceu durante o regresso à casa. Teria ido ao café. Ligou ao filho e disse que estava a caminho de casa, mas nunca chegou.

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As suspeitas recaíram sobre Fernando Valente que está acusado dos crimes de homicídio qualificado, profanação de cadáver e de aborto agravado. Até porque, o GPS “tramou-o”. O carro do suspeito terá feito paragens na Ria de Aveiro.

Para além disso, foi encontrado numa das casas do suspeito 80 mil euros e foi feita uma limpeza profunda numa das habitações. Bem como, o sangue encontrado em casa e na carrinha .

A família exige justiça e acredita que Mónica Silva já não esteja entre nós. Todos querem uma pista e saber onde está o corpo.

Desde o início que a PJ tem seguido várias pistas. Desde pedreiras, Cuba, covas, entre outros alertas. O primeiro local foi um poço cuja família contratou uma empresa para o limpar.

A família também chegou a ser alvo de burla. “500 euros por Mónica viva”. Foi o pedido de resgate que fizeram à irmã da grávida.

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O irmão de Mónica chegou a mergulhar na ria de Aveiro à procura da grávida.

Entretanto também foi descoberta uma irmã ilegítima do ex-namorado da grávida desaparecida. Nunca foi assumida pela família.

Também se descobriu que Fernando Valente, na sua adolescência, envolveu-se num acidente mortal.

A família de Mónica, entretanto, já sujeita a recolha de testes de ADN.

Mensagens trocadas no Facebook entre Mónica e Fernando foram apagadas.

Sara Silva, irmã gémea de Mónica, revela pormenores da relação de Mónica e Fernando Valente: “Queria levá-la para o Dubai”. Garante que Fernando queria encontrar-se com Mónica e Sara.

Mas também apontou um outro suspeito. “Abordaram a minha irmã”. “O homem de Anadia queria saber se ela já tinha abortado”. “Acredito que a minha irmã tenha sido torturada”, afirma.

Esta é a história de como se conheceram, contada por Sara.

Após alguns meses, sabe-se que a família Valente retira câmaras de videovigilância de casa na altura do desaparecimento.

A tia chegou mesmo a afirmar que o corpo podia estar escondido num cemitério.

Filomena Silva recebe fotos de roupa que podiam ser de Mónica.

“Houve uma discussão e depois silêncio”. Uma vizinha relata o que ouviu na noite em que grávida desapareceu.

A gémea da grávida fala sobre uma “birra” que teve com irmã por causa do negócio.

Em fevereiro, a tia de Mónica fica em prisão domiciliária.

No mesmo mês, o pai de Mónica e Sara é condenado por tráfico de droga.

Já em março sabe-se que a mãe da grávida desaparecida e a tia estão de costas voltadas.

O tribunal chama a irmã, Sara Silva.

“Um dia muito triste. Mataram-na”. Dia 28 de maio Mónica faria 34 anos.

Devido à “especial complexidade” deste processo, a investigação acabou por ganhar mais uns meses.

Até que, acusação é deduzida, a 6 de novembro. Está acusado de aborto agravado, profanação e ocultação de cadáver, bem como de homicídio qualificado e de acesso ilegítimo e aquisição de moeda falsa para ser posta em circulação.

Sabe-se que matou Mónica para evitar herdeiros, mas a Justiça “atraiçoou-o” e acaba por gerar uma dívida com filhos da grávida.

A tia de Mónica reage à acusação: “Família não está satisfeita. Tem que ser preso esse assassino”.

É conhecida uma nova testemunha.

Fernando Valente fez-se passar por Mónica nas redes sociais.

Surge uma acompanhante que confirma uma relação com Fernando Valente. “Tem traços de psicopata”.

Há novas suspeitas que incriminam Fernando Valente, desta vez sobre crimes sexuais a menores.

Na acusação pode ler-se que a mãe do empresário da Murtosa pediu a um homem do ramo das limpezas que guardasse um segredo.

Também se soube que a filha de Fernando achou um ambiente estranho na casa da família.

A 13 de novembro, nas redes sociais, o filho de Mónica Silva falou pela primeira vez: “Fui ao fundo quando foste embora”.

O pai de Fernando Valente também é “apanhado” numa contradição. Conhecia melhor Mónica do que dizia conhecer…

O MP considerou que para Fernando Valente Mónica Silva era um “objeto sexual” .

Fernando Valente e pai foram vistos juntos num local isolado.

A família tentou escapar a escutas telefónicas.

E, afinal, Mónica nunca esteve em Cuba…

O suspeito de matar Mónica Silva foi apanhado com “fotos de menina nua”.

Uma testemunha no caso de Mónica da Murtosa foi ameaçada de morte: “Estás a meter-te com pessoas que não deves”.

Aqui, pode ver a casa dos horrores onde Mónica e o bebé foram mortos.

Um amigo de infância de Fernando Valente acabou por o “entalar”.

Por último, o assassino da grávida da Murtosa perde mais do que a liberdade: Bens penhorados.

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