Coimbra
O que é Nacional não é bom para a Académica
Nacional 1 – Académica 0
Declarações após o encontro Nacional-Académica (1-0), da quinta jornada da I Liga portuguesa de futebol:
– Manuel Machado (treinador do Nacional): “Desta vez, a capacidade finalizadora não nos penalizou. Tivemos momentos para ‘matar’ o jogo e não ter de suportar a reação da Académica na ponta final. Aí, passámos por alguns calafrios, com algumas bolas lançadas para a área. O resultado assenta bem à minha equipa.
Fizemos uma primeira parte muito boa, o que também se deveu à postura do adversário. Jogou no campo todo e possibilitou que o jogo fosse relativamente aberto e um bom espetáculo.
Chegámos ao golo com alguma naturalidade e pudemos sair várias vezes em contra-ataque, quando a Académica nos deu mais espaço.
Não definimos bem os lances e não tivemos sorte, numa vez ou outra, como no cabeceamento do Candeias ao poste ou no remate do Rafa. Não fizemos o 2-0 e estivemos na iminência de sofrer o empate.
Não vamos fazer grandes avaliações só por 90 minutos. O Zainanine esteve dois meses sem treinar. Agora já tem quatro semanas de treino e condição física mínima e conhecimento da dinâmica da equipa para poder integrá-la. Hoje, já deixou uma amostra do que é enquanto lateral direito: muita consistência defensiva, muita concentração e também, sem que tenha ido muitas vezes ao último terço, quando foi fê-lo com objetividade”.
– Sérgio Conceição (treinador da Académica): “Não começámos muito bem, apesar de estarmos bem organizados em termos defensivos. Não conseguimos ter a agressividade ofensiva e a atitude que eu tinha pedido, principalmente na frente.
O Nacional fez um golo, na segunda parte enviou uma bola ao poste e ficou por aí. O desfecho mais justo, até pela segunda parte que fizemos, que foi bem melhor que a primeira, seria o empate.
Depois, podemos falar no golo invalidado e de algumas situações que me deixaram algumas dúvidas, como alguns foras de jogo que foram assinalados. Ainda assim, devíamos ter feito mais na primeira parte e sido mais constantes”.
Hoje, era importante ter agressividade, ter atitude forte no jogo, até porque nota-se no ambiente em Coimbra que, quando se tem um resultado positivo, as pessoas têm tendência a relaxar e isso incomoda-me imenso. Por isso, teremos que mudar algumas coisas.
Fui jogador profissional durante 20 anos e sentimos quando as coisas não correm bem para o árbitro. Nem é para o árbitro, mas para o auxiliar do lado da bancada. Com alguns tambores e alguma pressão, é normal. Não me quero desculpar com isso. Parece-me que se tivéssemos outra atitude na primeira parte podíamos ter ganho”.
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