Nos últimos anos, o preço dos ovos tem registado um aumento significativo, em grande parte devido a problemas na cadeia de abastecimento. Atualmente, a situação agravou-se ainda mais com a epidemia de gripe aviária, deixando muitas prateleiras de supermercados vazias.
Diante deste cenário, surge a questão: até que ponto é seguro consumir ovos após a data de validade? Para esclarecer esta dúvida, especialistas em saúde e segurança alimentar explicam os limites de conservação e os riscos associados ao consumo de ovos fora do prazo indicado.
Nos Estados Unidos, os ovos são lavados com água morna antes de chegarem aos consumidores, um processo que remove a cutícula protetora da casca, tornando-os mais suscetíveis à deterioração. Por isso, precisam de ser refrigerados a temperaturas abaixo dos 4°C para garantir a sua durabilidade, podendo manter-se bons para consumo entre três a cinco semanas após a compra, como se pode ler no HuffPost.
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Na Europa, a prática de lavagem não é comum, pois os ovos mantêm a sua camada protetora natural, permitindo que sejam armazenados à temperatura ambiente por períodos mais longos.
Muitos consumidores assumem que a data impressa na embalagem dos ovos está relacionada com a segurança alimentar, mas, na realidade, trata-se de uma recomendação de frescura. Segundo a médica Laura Purdy, a regulamentação sobre rótulos de validade varia conforme o fabricante, e a indicação de prazo está mais associada à qualidade do que ao risco de consumo.
À medida do tempo, os ovos perdem a frescura, mas não se tornam, necessariamente, impróprios para consumo.
Eis algumas formas de verificar a qualidade:
Teste da água: Colocar o ovo num copo com água. Se afundar, está fresco; se boiar, está estragado.
Cheiro: Ovos estragados exalam um odor forte e desagradável, devido à formação de compostos sulfurosos.
Aspeto e textura: Se a clara estiver demasiado líquida ou apresentar descoloração, o consumo não é recomendado.
Mesmo que um ovo não apresente sinais visíveis de deterioração, pode conter bactérias como a Salmonella, que pode causar problemas gastrointestinais graves, incluindo náuseas, vómitos e diarreia.
Para reduzir o risco, especialistas recomendam cozinhar bem os ovos, atingindo temperaturas de pelo menos 70°C, garantindo a eliminação de potenciais agentes patogénicos.
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