Região

O plano que vai revolucionar as florestas da Região de Coimbra

Susana Brás | 3 horas atrás em 24-02-2025

Penela recebeu, esta segunda-feira, 24 de fevereiro, a apresentação do projeto “Instalação de Mosaicos de Parcelas de Gestão de Combustíveis na Região de Coimbra”.

Esta iniciativa, financiada pelo Programa de Desenvolvimento Rural, pretende reforçar a defesa da floresta através da criação de mosaicos de parcelas de gestão de combustíveis que reduzam o risco de incêndios florestais, protegendo as comunidades e o meio ambiente.

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Trata-se de “um passo crucial na missão de proteger e revitalizar a floresta, um património natural de valor inestimável para a nossa região”, disse a vice-presidente da CIM Região de Coimbra.

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“Queremos aumentar a resiliência da floresta para enfrentar os desafios das alterações climáticas e outras ameaças e criar condições para que as nossas florestas possam continuar a fornecer-nos recursos valiosos, como madeira e outros produtos florestais”, salientou Helena Teodósio.

O projeto representa um investimento de quase 800 mil euros, financiado pelo Plano de Desenvolvimento Rural (PDR), contemplando diferentes ações em terrenos públicos e privados para reduzir o risco de incêndio, mas também aumentar o potencial produtivo da floresta.

A iniciativa estende-se pelos concelhos de Penela, Lousã, Góis, Oliveira do Hospital e Condeixa-a-Nova, em locais identificados como de “elevada suscetibilidade de incêndios florestais”, tendo as intervenções arrancado em janeiro e prolongam-se até junho, afirmou o secretário executivo da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIMRC), Jorge Brito.

No terreno, estão previstas ações de controlo de vegetação espontânea, redução de densidade dos povoamentos florestais, desramações, podas e intervenções de fogo controlado, disse.

Para Jorge Brito, o projeto permite “aumentar a resiliência da floresta”, mas também “restabelecer o potencial produtivo”, considerando que é fundamental associar valor económico à floresta, para deixar de “ser um passivo e passar a ser um ativo na criação de valor”.

A intervenção começou em terrenos públicos, mas tem também incluídas propriedades privadas, aclarando que são estes cinco municípios intervencionados porque eram aqueles que tinham este tipo de instrumento já previsto nos seus planos municipais.

Os concelhos com maiores áreas de intervenção são Condeixa-a-Nova, Lousã e Penela, todos com mais de 150 hectares associados ao projeto.

O presidente da Câmara de Penela, Eduardo Santos, destacou a importância de um trabalho em rede, considerando a iniciativa hoje apresentada importante para “aumentar a resiliência” do território e torná-lo “mais preparado para o verão que se avizinha”.

O diretor regional do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) do Centro, Paulo Farinha Luís, considerou que qualquer projeto “que não crie valor e que não restabeleça o potencial produtivo não será nunca um projeto bem sucedido”.

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