Coimbra
O nosso “prefeito influencer é o mayor” a produzir conteúdo (e ruído) no Facebook!
José Manuel Silva é um cidadão bastante ativo nas redes sociais. Essa atividade leva a que, nalguns casos, seja difícil definir se muitas das informações que publica o faz na função de presidente da câmara, de comentador, de munícipe ou de aspirante a “influencer”.
Uma postura que não se resume ao púlpito pessoal de José Silva no Facebook, pois também dá uma “perninha” na página não oficial do Município de Coimbra ou na do seu Juntos Somos Coimbra, não esquecendo que é quem mais ordena no mural da prefeitura. Há munícipes que acham que o edil passa mais tempo “a apagar e deitar fogos” online do que a governar o concelho!
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A presença no Faceboook já não é nova, pois esse foi um dos principais meios de comunicação usados durante os 4 anos em que esteve na oposição a Manuel Machado. Assim que assumiu a presidência da autarquia, José Manuel Silva dedicou os primeiros meses da sua página a falar, maioritariamente, de covid-19 e da taxa de vacinação.
Acaba por ser em 2022, principalmente depois das eleições legislativas, que o presidente da câmara decidiu “bombar” no Facebook. Um dos primeiros textos que motivou bastantes críticas foi quando chamou Graça Freitas de “simpática velhinha” e que o levou a ter de refazer o texto na sua página do Facebook.
Basta dar uma olhada para perceber que, em muitas das partilhas feitas na sua página, há quem aproveite para denunciar o que parece estar mal a cidade. Mas nem todos têm a sorte de obter uma resposta do autarca. Nalguns dos casos, são mesmo os três principais “simpatizantes” (Carlos Domingues, apoiante da candidatura; Rui Rodrigues, deputado municipal, e Miguel Monteiro da Silva, membro da (sua) junta de Souselas e Botão) a assumirem as “dores” das críticas. Nalguns casos, tentando mesmo desmascarar os autores dessas mesmas críticas.
Nas várias mensagens, o presidente aproveita para deixar muitas “bicadas” ao anterior executivo. Se uma boa parte dos seguidores aplaudem esta postura, outros há que pedem para ele deixar de “dizer mal” dos seus antecessores e tentar “fazer melhor”. No caso em questão, relativo a um acordo com a ERSUC para o município ser ressarcido “do valor relativo à recolha e entrega de resíduos recicláveis limpos”, José Manuel Silva respondeu que não está “a dizer mal, estamos a dizer a verdade, factos são factos”.
O “mau” estacionamento na Baixa e caça à multa, foi, durante meses, tema de forte debate no Facebook, chegando ao ponto de alguém dizer que o é médico agia como um super comandante da Polícia Municipal.
No final do mês seguinte, uma visita ao Bairro do Ingote motivou diversos pedidos para uma deslocação do autarca. Alguns mesmo referiram que lhe ofereciam o café.
No final de setembro, as críticas de Leonor Perdigão, relativamente ao fecho da rua da Sofia para a realização da Noite Europeia dos Investigadores, tiveram eco junto do autarca que reconheceu o erro. “Tem toda a razão. Não se repetirá”, garantiu José Manuel Silva.
O presidente também foi apanhado na saga da criação das páginas falsas de Facebook. A revelação aconteceu no post do seu aniversário onde um amigo confessou que teria tentado enviar uma mensagem através do Messenger.
O médico e autarca respondeu que não tinha a aplicação desativada, lembrando que ele devia “estar a tentar (escrever) numa página falsa que foi criada com o meu nome e a minha fotografia, relativamente à qual apresentei queixa às autoridades”.
O abate de árvores na avenida Emídio Navarro, foi bastante criticado na página pessoal do presidente da câmara. Um dos internautas (Miguel Alegre) fez mesmo um recorte de um post da sua autoria quando se encontrava na oposição onde ele se mostrava chocado “com a facilidade e impunidade com que se cortam árvores em Portugal”.
Esta imagem mereceu, de seguida, o comentário de Hermínia Martins a salientar a velha máxima “olha para o que digo, não olhes para o que faço”.
É, em outubro, que se fica a saber razão para que José Manuel Silva não responda às mensagens que lhe são enviadas ou até mesmo direcionadas para o líder do Município de Coimbra.
“Caro Fernando Caldeira Marques, estou ‘afogado’ em mensagens, é humanamente impossível lê-las todas e ainda mais difícil responder a todas, peço desculpa”, responde a este internauta.
Mas basta olhar para algumas mensagens para perceber que isso só acontece nalguns temas. É que, basta ver outros posts do mesmo mês e após este desabafo, para perceber que existem algumas temáticas onde é mais interventivo que noutras.
Em novembro, por exemplo, respondeu a alguns internautas sobre a necessidade de existirem cursos de formação de calceteiros, bem como a falta que eles fazem no município.
No arranque do ano de 2023, o estado do Mercado D. Pedro V; o estacionamento, ou a falta dele, na Baixa e o número diário de multas passadas pela Polícia Municipal levaram a que a caixa de comentários estivesse bastante ativa. O primeiro mês do ano arrancou com um texto de opinião da sua autoria sobre a polémica com o anterior curador da Casa da Escrita.
António Barreiros comentou que “o diálogo político deve ter palco nos órgãos próprios sem se chegar aos dos jornais”. Rosarinho Portugal, que inicialmente começou por defender o presidente da câmara, acaba a certa altura dos comentários e depois de ter tido acesso ao texto do deputado municipal socialista por considerar o texto em causa “insultuoso”.
O estado de degradação das viaturas dos SMTUC foi um dos temas abordados neste mês, com o autarca José Manuel Silva a ter de recorrer à intervenção da vereadora Ana Bastos na reunião de 9 de janeiro para explicar o porquê das muitas críticas que surgem nos comentários das diversas notícias publicadas no seu mural.
Num deles, é interessante ver a conversa entre o deputado municipal João Malva e Mário Martins sobre “a utilização da página oficial da Câmara Municipal de Coimbra para propaganda de governo e campanha eleitoral antecipada (e encapotada) sem que seja dada qualquer oportunidade igual à oposição”. Rosarinho Portugal pede mesmo a José Manuel Silva para, de forma irónica, deixar “de ser oposição a Manuel Machado!”.
Milton Vivas solicita mesmo ao presidente para acabar com as “lamúrias e dizer que a culpa é dos outros”. “Quando se candidatou deveria ter analisado tudo e toda a situação em que se ia deparar caso fosse eleito, pelos vistos não o fez”, refere.
Este tipo de críticas levou José Manuel Silva a responder que não está “a lamentar” a situação nos SMTUC, mas “a mostrar informação técnica e cronológica, pois não aceito ficar com as culpas daquilo que PS e PCP (não) fizeram durante oito anos”.
O mês de fevereiro fica marcado com a revelação, quase semanal, do número de infrações detetadas pela Polícia Municipal em certas zonas da cidade. Mas um dos destaques vai para uma publicação da passagem, a um sábado, pelos “45 anos da atual gerência da Tasquinha T’Irene, uma Tasquinha típica e especial, em Santa Clara”.
Manuela Temido comentou que é “disto é que o Sr. José Manuel Silva, gosta. Querem ver o Sr. Presidente da Câmara de Coimbra? Visitem os restaurantes, tascas e tasquinhas da cidade vão lá encontrá-lo de certeza. A fazer algo de bom pela cidade? Aí é que não encontram de certeza…!”. Seguiu-se uma troca de palavras com José Fino, ao ponto deste internauta reconhecer a certa altura que “críticas só porque sim, não levam a lado nenhum”.
Sobre a mesma temática, Irene Carvalho reconheceu que “ele pode fazer o que quer, desde que não use o cargo para andar almoçar de graça”.
“E como sabe que come de borla? Já questionou os donos dos restaurantes? E o que é que V. Exa tem a haver com o fato de vários comerciantes convidarem o presidente para os seus espaços comerciais? Se sentirem que é uma honra e uma boa divulgação do seu trabalho?? Faça o mesmo, coma em diferentes restaurantes e publique no Facebook para atrair clientes, que bem precisam”, respondeu-lhe o Periscopio Coimbra.
Se, no Facebook de José Manuel Silva, não existe qualquer tipo de moderação dos comentários, já o mesmo não acontece no Município de Coimbra. Neste mês de fevereiro teve início o arranque da moderação dos comentários nas diversas plataformas da autarquia. O objetivo, de acordo com a maioria que governa o concelho, foi “controlar os comentários tóxicos, abusivos e ofensivos”. “Uma medida que não tem qualquer caráter de censura, muito pelo contrário”, frisam na página da internet do município.
As questões fitossanitárias relativas às árvores de Coimbra foi um dos assuntos que marcou o mês de março no Facebook de José Manuel Silva. O tema começou quando o presidente da câmara decidiu partilhar uma intervenção sua de final de fevereiro na Assembleia Municipal. Nos comentários, José Manuel Pinheiro questiona o autarca “sobre a destruição do arvoredo desta avenida”, anexando imagem da rua Lourenço de Almeida Azevedo.
O presidente responde com parte da intervenção da vereadora Ana Bastos onde é referido que nesta artéria vão ser abatidas 12 árvores. “Muito triste que se (…) continuem a cortar árvores que são património vivo da cidade há décadas, e a replantar muito poucas”, comentou José Manuel Pinheiro, tendo José Manuel Silva dito que “está equivocado”, pois o município está “a plantar mais do triplo das árvores cortadas, garantindo um futuro mais verde para Coimbra”.
O tema volta a ser abordado no mês de Março quando o autarca decide partilhar uma notícia do município relativa ao transplante de árvores de grande porte para relvado junto ao Estádio Cidade de Coimbra.
Adelino Gonçalves questiona se esta é “uma mudança de atitude em relação às árvores ou um episódio sem repetição?”. A resposta dada aponta para o facto da atitude não ter mudado, “como sempre dissemos”, pois continuam a analisar “cada árvore, uma a uma, e tomamos a decisão possível e indicada”.
Os alegados problemas financeiros causados pela Guerra na Ucrânia, e “obrigaram o município a descartar a organização da Superespecial do Rally de Portugal, não obtiveram o consenso de alguns dos seguidores do presidente da câmara.
Luís Filipe Proa, por exemplo, referiu que “o seu discurso como desculpa que “arranjou” para se descartar da Super Especial do Rally já foi enjoativa o suficiente e aproveitada e bem pelos nossos vizinhos da Figueira da Foz”. Rui Rodrigues, deputado municipal, respondeu de forma irónica: “eu nunca pensei que houvesse tanto fanático de super especiais de ralis em Coimbra”.
A taxa turística foi outro dos temas que José Manuel Silva abordou na sua página e que não gerou consenso. A 16 de março, o presidente fala das contradições socialistas no que se refere a este tema e apela aos vereadores da oposição para defenderem os interesses de Coimbra “em vez de se focarem obstinadamente em fazer uma oposição destrutiva só porque ainda não conseguiram resolver a desilusão de terem perdido as eleições”.
A vinda dos Coldplay a Coimbra, no passado mês de maio, foi um dos temas mais debatidos. O autarca recorreu às redes sociais para enaltecer a importância que os quatro espetáculos tiveram para a cidade mas a polémica surgiu quando se tornou público que a Câmara pagou cerca de 440 mil euros à produtora..
Nas respostas, as críticas são muitas. Uma delas pertence a Luís Filipe Figueiredo, que diz que não há comparações, já que “isentar de taxas é uma coisa, pagar ao produtor para usar o Estádio que é dos munícipes é outra”. Aconselha o presidente da Câmara a deixar “as coisas como estão” e diz mesmo que “cada vez se percebe mais que não está convencido do ‘enorme negócio’ que fez”.
A 23 de abril deste ano, os quatro concertos dos Coldplay estiveram em destaque noutra publicação do presidente. Num post da sua página pessoal, José Manuel Silva dá conta da realização na cidade do congresso de duas grandes associações de Turismo da Bélgica que, como disse, “referiram com admiração, os quatro concertos dos Coldplay”.
As reações são variadas. Micael Monteiro diz que o autarca “nem dorme a sonhar com o tacho” dos Coldplay. Na Assembleia Municipal, a 20 de abril, o presidente partilhou a sua intervenção na página de Facebook.
Reforça que, com a vinda da banda, estão a colocar “Coimbra no centro de todas as atenções”, tendo a cidade sido “aplaudida e invejada por todos”. Considera que, “na área do espetáculo, os quatro concertos dos Coldplay representam o evento mais impactante e rentável de sempre que se vai realizar no nosso concelho nas últimas décadas”.
Rui Patrão, por exemplo, escreve que espera que quem vota reconheça, “democraticamente, a continuação do árduo trabalho que terá de ser desenvolvido para reverter a situação de declínio em que ainda nos encontramos”.
Também Ernesto Paiva diz que “Coimbra nunca vai sair da cepa torta”, porque “tudo o que se faz para trazer riqueza e prestígio para a nossa cidade é criticado”. São ainda vários os comentários que enaltecem o retorno financeiro que estes concertos irão trazer para a cidade.
A polémica do pagamento aos promotores dos concertos leva a outras críticas, como o facto de a autarquia ter perdido o Rally de Portugal. Em resposta, o “mayor”, que após os quatro concertos da banda britânica exibiu com grande satisfação o pin com a palavra “love” dado pelo vocalista Chris Martin, diz que o Executivo optou pelo investimento nos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) em detrimento dessa realização.
O investimento nos SMTUC continua, no entanto, a ser insuficiente. Fernanda Pinto alerta José Manuel Silva para o facto de manterem “os mesmos problemas de sempre: rotas desatualizadas à ‘nova’ cidade, falta de frequência de circuitos em zonas hoje altamente populosas… já para não falarmos nos atrasos sucessivos de vários autocarros”.
Há também quem alerte para a necessária requalificação da Baixa. Sérgio Vale questiona como é que a Câmara consegue “arranjar milhões para os bolsos de alguém” e depois tem “edifícios em risco de cair de tão degradados que estão e pior com pessoas a morar neles”.
Uma visita à Praia Fluvial de Torres do Mondego, durante o mês de junho, foi do agrado de muitos dos seguidores. Alguns pediram para que não deixasse abandonar a praia do Rebolim, mas o que suscitou mais “conversa” foi um comentário de Luísa Rodrigues onde refere que o autarca “só (é) bom nisso, nem a Feira Popular põe de graça… enfim”.
No que diz respeito à criação de prados urbanos na cidade – medida colocada em prática pelo município em junho -, o internauta Miguel Pina Gil reconheceu que essa medida é “uma fraca desculpa para não intervencionar e manter esses espaços”.
Em resposta, o autarca reconheceu que “é muito difícil fazer pedagogia perante uma tão evidente falta de cultura e preocupação ambiental. O ambiente precisa de muito mais literacia… Aplica-se bem o ditado de: água mole em pedra dura…”.
No Facebook de José Manuel Silva, há ainda espaço para dar a conhecer alguns dos locais por onde passa nos seus tempos livres. Há, alturas, em que veste a pele de repórter de alguns dos acontecimentos promovidos pela autarquia ou pelas associações locais.
Concertos, feiras, inaugurações ou, até mesmo, exposições são apenas alguns dos eventos mostrados no facebook do edil. Uma boa parte dessas publicações resultam de gravações próprias, mas há alturas em que o presidente da câmara faz partilha de eventos que são efetuados por entidades locais, e não só. Há, mesmo alturas, em que o presidente da câmara aproveita para deixar alguns conselhos ou, até mesmo, voltar a abordar a temática da saúde. Principalmente, o estado de “saúde” do SNS português.
Em agosto, José Manuel Silva fez questão de informar os seus seguidores de que estava “oficialmente” de férias, mas que optou por, pelo menos no primeiro dia, ficar a trabalhar no seu gabinete da Praça 8 de Maio. Basta dar uma olhada pelo Facebook do autarca para perceber que é fácil ver que foi para outras bandas.
O edil revela, em muitos casos, os locais fora do país onde vai acompanhado da companheira que exibe desde a campanha eleitoral. Neste mês de agosto, por exemplo, Budapeste foi a cidade escolhida para passar alguns dos seus dias de férias.
Quando regressou ao trabalho, aproveitou uma publicação para elogiar o esforço dos funcionários municipais na reabilitação da calçada portuguesa. O momento foi aproveitado por alguns dos seguidores para receber também críticas e pedidos para reparar os buracos noutros locais da cidade. Alexandre Meireles reconheceu que “a calçada portuguesa não é frágil se bem aplicada, há calçada na nossa cidade em óptimo estado, aplicada há décadas e sem nunca precisar de manutenção”.
Apesar de não se considerar um “expert” na matéria, o presidente da câmara referiu que uma das soluções passaria por cimentar “a calçada portuguesa (…) mas essa não é a sua natureza, pois pretende-se que mantenha alguma permeabilidade para permitir infiltração de águas e contribuir para prevenir enchentes”. Perante o volume de críticas, Miguel Ramos de Carvalho lamenta “quem esteja sempre com o dedo pronto no teclado para criticar tudo e mais alguma coisa, não o faça também para elogiar, como é o caso…”.
A partilha de uma visita efetuada à Expo São Silvestre no mês de setembro motivou a crítica de Marisa Beja. Tudo por não ter visto “qualquer referência ou registo da visita à ExpoCernache onde também parece ter estado presente e onde também estiveram presentes imensas associações desta freguesia”.
José Manuel Silva respondeu que não publica “tudo o que faço nem todos os locais por onde ando, ou o meu Facebook seria uma cacofonia de publicações”. “É pena que não saiba aceitar as críticas dos munícipes que são meras observações reais da sua selectividade…”, respondeu a moradora de Cernache.
O protesto do movimento “Eu Também”, que decidiu colocar placas nas caldeiras que não têm árvores na cidade de Coimbra, levou a que o autarca voltasse a recordar algumas das medidas que têm promovido na área da renovação das áreas urbanas.
Todas estas medidas não agradaram a Alexandre Meireles, que na caixa de comentários escreveu a seguinte mensagem: “com todo o respeito que me merece, não se percebe, ou melhor, eu não percebo, porque são necessários 4 anos para plantar 485 árvores, mesmo que fosse plantada apenas uma por dia (o que me parece francamente pouco), se faz parte do planeamento, ou seja, se pensaram nisso, já deviam estar todas plantadas”.
“Coimbra a cidade onde tudo pode acontecer”. A frase que ilustra o vídeo onde se vê um carro a descer as Escadas Monumentais em Coimbra não agradou a muitos dos seguidores do presidente. Se alguns até gostaram do “sentido de humor”, há mesmo a “falta de noção” do autarca, questionando mesmo se seria “normal dar protagonismo a um episódio tão triste”. Outras há que defendem a colocação de pinos ao cimo das escadas. Apesar de algumas críticas, o que é certo é que esses pinos foram colocados na semana a seguir ao acidente.
O facto foi realçado por Pedro JI Madeira que num comentário disse que, apesar das críticas dos defensores de José Manuel Silva, “pelos vistos, tinhamos razão e hoje já lá estão os pinos”. “O sr presidente que tanto gosta das redes sociais devia agora comentar porque só agora apareceram os pinos”, questionou.
Sempre que pode, José Manuel Silva aproveita os balanços de 1.º e 2.º ano de mandato para responder a muitas das críticas que lhe são dirigidas. Aliás, recorre também a algumas das suas intervenções nas reuniões de câmara e assembleias municipais para dar a conhecer as suas posições relativamente à política local e nacional.
Em algumas das publicações, e perante a falta de comentários, questiona mesmo: “Nenhum socialista (ou de qualquer outra corrente política, ou não) vem aqui comentar? Teria todo o gosto nisso”.
Um dos temas que provocou bastantes críticas foi a transformação da Casa da Escrita em Casa da Cidadania e da Língua a, que foi entregue a uma associação dirigida pelo irmão João Gabriel Silva e o amigo José Diogo.
Há quem questione mesmo “Cidadania da Língua?? Um espaço que terá por certo o domínio do “sotaque brasileiro”, com o “prefeito” a partilhar um texto sobre “qual é a nossa Língua-mãe?!…”.
Em dezembro deste ano, a apresentação das novas viaturas da Polícia Municipal motivou algumas críticas. Principalmente, como recordou Luísa Rodrigues, o presidente da câmara não deve “orgulhar se duma policia que só pune.…”. Em resposta, José Manuel Silva recorda que “a PM tem inúmeras funções, que desempenha, não é só punir! Pode ler a legislação. Mas também é verdade que cumpre a sua função de punir os prevaricadores, ou será que devia deixar os automobilistas estacionar selvaticamente, é o que defende?.
Os elogios aos eventos promovidos pelo município sucedem-se nos vários “posts” que são partilhados por José Manuel Silva. Nos últimos dois meses, a programação de Natal e os vários eventos associados levam o autarca a reconhecer que “Coimbra já merecia em evento com estas características nesta época do ano” e que “É assim que queremos Coimbra, um foco de atração para toda a região centro”.
O espetáculo de videomapping na Baixa, e que foi realizado a poucos dias do Natal, ou o “extraordinário, único, maravilhoso, inclusivo” espetáculo do grupo 5ª Punkada no Convento São Francisco são outros dos elogios recentes da página de José Manuel Silva.
Antes de fazer uma visita aos mercados de Natal de Budapeste (Hungria) e Oslo (Noruega), o autarca passou pelo mercado na Praça do Comércio em Coimbra. Um evento, que na sua opinião, está “fantástico”.
A deslocação aos mercados internacionais leva a que Margarida Madeira Craveiro peça para o presidente aproveitar e trazer “algumas ideias para a nossa cidade a ver se Coimbra fica mais agradável”. “O nosso problema é falta de orçamento, não é falta de ideias”, respondeu.
A sua postura levou-o ainda a agradecer a disponibilidade da influencer Débora Monteiro, nascida na Figueira da Foz, para ser mais uma embaixadora de Coimbra.
O ano de 2024 promete manter um presidente bastante omnipresente nas redes sociais e a ter como “oposição” a página do facebook do “Movimento do Humor”. “O Excelso Senhor Presidente da Câmara, Manuel Silva sempre gostou muito do Movimento de Humor, sobretudo quando ajudámos na sua campanha de maneira gratuita”, referiu “José Augusto Gomes, Primeiro-ministro desta nação que é o Movimento de Humor”.
Esta “parceria” acabou com a eleição de José Manuel Silva para a presidência da câmara. Desde então, esta página tem sido um dos seus principais opositores. Sinal desse evidente mal-estar está reproduzido numa das últimas publicações desta página do presente ano.
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