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O melhor da doçaria conventual: 10 delícias portuguesas populares e saborosas…

Notícias de Coimbra | 55 minutos atrás em 19-01-2025

Este artigo (não) é só para os mais gulosos. Descubra alguns dos doces mais emblemáticos da doçaria conventual: pastéis e bolos de comer e chorar por mais!

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Os portugueses estão habituados a saborear bolos e pastéis regionais nas pastelarias. Nas confeitarias, podem selecionar um conjunto vasto de opções de doces, que podem acompanhar com um café, um chá, uma meia de leite, um sumo, um refrigerante, entre outras opções. 

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A doçaria em Portugal tem várias tentações fantásticas. Existem de norte a sul do país (e também nas ilhas) pastéis que fazem as delícias de quem não resiste a um doce. A doçaria conventual está associada aos doces que foram inventados dentro dos conventos portugueses. 

A sua origem remonta ao período medieval. Nessa época, os mosteiros e conventos tornaram-se nos principais produtores de doces na Europa. Nestes espaços religiosos, havia excesso de alguns ingredientes que não se encontravam nas mesmas condições nas mãos do povo.

Doçaria conventual: os melhores bolos e pastéis inventados em conventos

Nos conventos e mosteiros, havia abundância de ingredientes como açúcar, ovos, amêndoas, frutas e especiarias, como a canela. Portanto, quem por lá vivia podia recorrer à sua criatividade para inventar doces diferentes. As receitas de doçaria conventual foram criadas por freiras e monges que inventaram técnicas de confeção. 

Os conhecimentos destas pessoas religiosas com mãos para os doces foram colocados ao serviço da doçaria, criando receitas exclusivas que atualmente se consideram autênticas iguarias. 

Embora muitas tentações possam ter-se perdido no tempo, sem ter ficado receitas para reproduzir o processo, muitos dos doces conventuais criados nestes espaços tornaram-se em símbolos da região onde foram inventados. 

Muitas receitas foram passadas de geração em geração. Houve receitas que foram divulgadas a amigos ou conhecidos. Portanto, passaram a ser realizados doces do género fora dos conventos e mosteiros. 

Por isso, há quem defenda que não faz sentido separar a doçaria tradicional da doçaria conventual. Certo é que esses doces que começaram por ser feitos em mosteiros e conventos rapidamente ganharam popularidade. Hoje, são bem conhecidos em Portugal e no mundo. 

Provar estes doces conventuais representa saborear um pouco da história portuguesa. São receitas com séculos que nos permitem perceber como o bom sabor pode apaixonar diferentes gerações. 

No presente artigo do Notícias de Coimbra, iremos apresentar-lhe uma breve lista com alguns dos doces conventuais mais populares do país. Este artigo (não) é só para os mais gulosos. Descubra alguns dos doces mais emblemáticos da doçaria conventual: pastéis e bolos de comer e chorar por mais!

1. Os pastéis de Belém

Estes pastéis foram criados no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa. Esta tentação fantástica da doçaria portuguesa foi criada no início do século XIX. Estes doces tornaram-se nos mais populares da doçaria portuguesa. Eles estão na origem dos pastéis de nata que se encontram presentes de norte a sul de Portugal.

2. Ovos-moles de Aveiro

Este doce tornou-se num símbolo da cidade de Aveiro, a Veneza Portuguesa. Foi atribuído aos ovos-moles o estatuto de Indicação Geográfica Protegida (IGP). 

Tradicionalmente, eles são servidos embrulhados em finas hóstias com formatos com inspiração no mar / ria da cidade onde nasceram (barquinhos, por exemplo). No entanto, também podem ser servidos em copinhos, onde podem ser comidos à colher.

3. Os pastéis de Tentúgal 

A receita deste doce conventual deve-se às freiras carmelitas de Tentúgal, do concelho de Montemor-o-Velho. Foram estas mulheres religiosas que desenvolveram este tentação que muitos adoram devorar.  

Os pastéis de Tentúgal apresentam uma massa que envolve o doce de ovo que está no seu interior. A massa deste pastel é a mais estaladiça que se encontra no nosso país. Tradicionalmente, a massa é esticada de forma impressionante.

4. Cornucópias

Este doce conventual é típico de Alcobaça. A cornucópia pertencem ao receituário do Mosteiro de Cós, que foi fundado no século XII, sendo dependente do Mosteiro de Alcobaça. Este doce tornou-se bastante popular, sendo muito apreciado em todo o país. 

5. Pitos de Santa Luzia de Vila Real

Este doce tornou-se num autêntico ex-libris da doçaria conventual da região norte de Trás-os-Montes. Os Pitos de Santa Luzia de Vila Real são bastante procurados na data que celebra a santa padroeira desta cidade, Santa Luzia. 

Esta iguaria é feita com uma massa grossa que leva farinha, açúcar e banha de porco. A massa dos Pitos de Santa Luzia de Vila Real é recheada com um creme de abóbora e gema de ovo.

6. Maminhas de Freira

Este doce conventual é uma opção requintada. Maminhas de Freira tornaram-se num símbolo de Coimbra. Este tentação foi criada no Convento de Santa Maria de Celas. A receita desta iguaria remonta à Idade Média. Na época, era comum usar carne em doces devido às suas propriedades gelificantes.

7. Trouxas de ovos

Este doce conventual é feito com ovos-moles e fios de ovos. Portanto, este doce preparado com ovos e açúcar resulta em algo verdadeiramente delicioso. 

As trouxas de ovos apresentam-se como rolos amarelos brilhantes, mergulhados numa calda de açúcar atrativa e saborosa. Elas tornaram-se bastante famosas, sendo apreciadas em todo o país.

8. Barriga de freira

As “Barrigas de Freira” são outro doce conventual que facilmente agrada a quem o prova. Esta iguaria é feita com amêndoas, ovos, açúcar e canela. Este doce conventual apresenta uma textura cremosa. O sabor desta iguaria é doce e aromático. 

9. Toucinho do Céu

Este doce tem origem conventual. A receita original do Toucinho do Céu terá sido criada pelas freiras que se encontravam presentes no mosteiro em Murça. 

Contudo, a sua receita passou para fora de portas do convento e o Toucinho do Céu tornou-se num doce muito popular em todo o país. O nome deve-se ao fato da receita original desta iguaria ter sido confecionada com banha de porco (não era usada manteiga).

10. Pudim Abade de Priscos 

Este pudim tem este nome devido ao facto de ter sido inventado por Manuel Joaquim Machado Rebelo, conhecido como Abade de Priscos. 

Além de implicar doses elevadas de açúcar e de gemas de ovo, o que não é incomum noutras receitas conventuais, esta iguaria usa toucinho. Este elemento torna este pudim especial. Ele permite tornar esta sobremesa mais rica e macia. O caramelo que banha o pudim Abade de Priscos torna esta doce irresistível.

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