Portugal
O “massacre” do Colmeal! Um dos episódios mais negros da História de Portugal
Em 1957, a pequena aldeia do Colmeal, em Figueira de Castelo Rodrigo, assistiu a um dos episódios mais negros da história de Portugal.
Tudo aconteceu a 8 de julho, quando um destacamento da Guarda Nacional Republicana, composto por 25 praças e 3 oficiais, irromperam pela aldeia. Em poucas horas, cerca de 14 famílias e 60 habitantes tinham sido expulsos.
Esta foi a primeira vez que tal sucedeu em Portugal: uma população a ser expulsa coletivamente de uma localidade. Toda a povoação desapareceu e a maioria dos habitantes fugiu e refugiou-se nas aldeias vizinhas, mas a memória do acontecimento perdurou no tempo.
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Mas afinal, porque é que isto aconteceu? Os factos remontam a antes dos anos 40 do século XX, quando um novo “feitor” anunciava que a aldeia já não era foro, mas que devia pagar renda na mesma. Assim, todos passaram a andar endividados, porque o feitor subarrendatário não pagava a renda há 4 anos àquela que era, de acordo com a escritura de 1912, a nova e legítima proprietária dos terrenos dos herdeiros dos condes de Belmonte, explica a Vortex Mag.
Ora, as colheitas não davam para comer, quanto mais para pagar ao arrendatário! Além disso, existiam inúmeros impostos, que muito pesavam aos habitantes. Assim, Rosa Cunha e Silva, a nova herdeira das terras, moveu um processo judicial contra toda a comunidade, sob o pretexto de que os habitantes do Colmeal se recusavam a pagar os foros e rendas devidos.
Com esta acusação, o mandato de despejo foi rapidamente colocado em prática pela GNR, levando à saída forçada dos habitantes.
Muitos tentaram resistir, no entanto, acabaram por pagar por isso.
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