Justiça
O inferno de Filipa às mãos do companheiro: Foi filmada a ser violada e teve de escolher como queria ser mutilada

Imagem: Instagram
Começou esta quarta-feira, 12 de março, no Tribunal de Santarém, o julgamento do camionista acusado de crimes bárbaros contra a própria esposa, a cabeleireira Filipa Rodrigues, e a filha. O homem responde por oito crimes, incluindo violação agravada, sequestro, violência doméstica, ofensa à integridade física grave, acesso ilegítimo, gravações e fotografias ilícitas e posse de arma proibida.
Os episódios de violência, que se prolongaram por anos, atingiram o auge quando o agressor cortou o dedo indicador direito da vítima com uma tesoura de poda, rapou o cabelo, sobrancelhas e pestanas e arrancou os brincos à força. No dia anterior, Filipa já havia sido brutalmente espancada e violada num descampado próximo à A13, enquanto o agressor registava tudo em vídeo.
Motivado por ciúmes extremos envolvendo um colega de trabalho da cabeleireira, o homem, que já possuía antecedentes criminais por violência doméstica e posse ilegal de arma desde 2011, argumenta ser inimputável devido a uma suposta doença psiquiátrica.
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A vítima, que se manifestou nas redes sociais antes da audiência, compartilhou um relato chocante: “Quero ver quem te vai amar assim, horrorosa.” Esta foi a frase dita pelo agressor enquanto a fotografava, após mutilá-la. Numa publicação, Filipa detalhou os momentos aterrorizantes que viveu e pede justiça.
“Depois disto, não estando satisfeito com tudo o que já tinha feito , foi buscar a tesoura da poda, obrigou-me a ajoelhar-me e deu-me a hipótese de escolher os dois dedos que eu queria que ele me cortasse, porque tudo o que me tinha feito, ainda era muito pouco para uma p*** como eu… Hoje, dia 12 de Março será o julgamento, praticamente um ano depois… Que se faça justiça”, conclui nas redes sociais.
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