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“O futuro do Ensino Superior na Europa” em debate no Fórum Internúcleos da Associação Académica de Coimbra

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 03-03-2019

O Fórum Internúcleos da Associação Académica de Coimbra realizou-se nos dias 1, 2 e 3 de março, na Figueira da Foz.  

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O Fórum Internúcleos é realizado pela Direção Geral da AAC e contou com a participação dos 26 Núcleos de Estudantes da AAC. Este fórum teve como principal tema “O futuro do Ensino Superior na Europa”.

Daniel Azenha, presidente da direção-geral da Associação afirmou que “a AAC não quer ficar de fora na discussão sobre o futuro do Ensino Superior na Europa”.

O jovem dirigente assumiu que será uma prioridade deste mandato criar momentos de discussão, para que a Academia possa ter voz sobre um tema que muitas das vezes é deixado cair em esquecimento.

O pontapé de saída na discussão sobre as Eleições Europeias foi dado com a visita do vice-presidente da ESU à casa dos estudantes, seguindo-se com o Fórum Internúcleos.

Durante todo o fim-de-semana, dentro do tema geral, foram abordados 5 subtemas:

Ação social- Atribuição de bolsas para os programas de mobilidade e a sua relação entre as diferenças do custo de vida entre os países europeus.

Política Educativa- As propinas, os diferentes custos de vida, e os custos associados ao ensino superior mostram-se como o principal entrave para os estudantes portugueses que desejam estudar noutros países europeus, dado que praticamente não são apoiados pelas instituições europeias e portuguesas responsáveis.

O atual modelo europeu não incentiva estudantes a continuarem os seus estudos superiores noutro país que não o seu de origem, algo que contrasta com a génese do Projeto Europeu – que defende uma livre circulação.

Política de Emprego e Empreendedorismo- Portugal continua a ter níveis de desemprego jovem muito longe daquela que seria desejável. Este fenómeno é marcado pela precariedade e flexibilização do emprego, limitando os projetos de vida dos jovens, nomeadamente a saída de casa dos pais ou até mesmo a constituição de família.

A extinção de fronteiras na União Europeia estabeleceu liberdades nunca antes vistas. Esta realidade permitiu uma nova noção de ensino para o empreendedorismo, que passou a ter como objetivo principal conferir aos estudantes as atitudes, conhecimento e competências para a agir de forma empreendedora.

Pedagogia- Qualidade pedagógica (Processo Bolonha), Carga horária e curriculum flexível

Segundo Bolonha, o estudante deverá ter tempo extracurricular para desenvolver outras atividades, podendo orientar o seu método de estudo da forma que melhor lhe aprouver e sendo assim responsável pela gestão total do seu tempo. Portugal constitui um exemplo do excesso de carga horária, sendo um dos países europeus com mais tempo de aulas.

Em média de horas de aulas por semana dos alunos portugueses ronda as 21 horas, enquanto que a média europeia é de 17 horas e muito diferente daquele que é praticado em países como a Suécia – 10 horas.

Ao encontro desta diminuição da carga horária, a flexibilidade do percurso académico deve ser uma realidade, sendo este uma das principais orientações do Processo de Bolonha. Assim, os percursos académicos inflexíveis compostos apenas por unidades curriculares obrigatórias, são desadequados à nova realidade e colocam em causa a aprendizagem centrada no Estudante.

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