Educação

O Diário de Mário Nogueira e os sete ministros da Educação

António Alves | 1 dia atrás em 14-04-2025

A um mês de sair do cargo de secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira faz uma avaliação dos sete ministros da Educação com quem trabalhou diretamente.

Maria de Lurdes Rodrigues, Isabel Alçada, Nuno Crato, Margarida Mano, Tiago Brandão Rodrigues, João Costa e Fernando Alexandre. Foram estes os ministros da Educação com quem Mário Nogueira teve de trabalhar ao longo dos 18 anos em que esteve à frente da FENPROF.

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Em entrevista ao Notícias de Coimbra, o dirigente sindical reconheceu que Maria de Lurdes Rodrigues foi aquela que mais marcou os docentes.

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Mário Nogueira referiu que ela foi a porta-voz de uma campanha “detratora da entrega e do profissionalismo dos docentes”. “Como na altura se pretendia desvalorizar a profissão, a ministra Lurdes Rodrigues e o seu secretário de Estado Walter Lemos fizeram campanhas absolutamente inaceitáveis sobre o absentismo de docentes, a dedicação dos docentes e sobre o trabalho que os docentes faziam. Por não serem verdade, isso marcou muito os professores”, afirmou.

Quanto a Isabel Alçada, o destaque vai para o facto de ter sido a responsável por não ter avançado com a divisão da carreira. Já Nuno Crato, na ótica de Mário Nogueira, foi um ministro “muito ausente”. “Ele era sobretudo para o ensino superior, cabendo a José Casanova da Almeida, secretário de Estado, lidar connosco nas negociações”, disse.

Margarida Mano, pelos poucos dias em que assumiu o cargo, não teve qualquer tipo de referência. Já Tiago Brandão Rodrigues, o ministro que esteve mais tempo no cargo – seis anos, “era o mais desconhecedor das questões da educação”. Essa impreparação, segundo o dirigente sindical, refletiu-se, por exemplo, “no longo período de bloqueio negocial que ele impôs, e, portanto, não recebendo os sindicatos e não aparecendo nas reuniões”.

João Costa e Fernando Alexandre foram os últimos ministros com a pasta da Educação tendo sido eles os responsáveis pela recuperação do tempo de serviço.

Nesta entrevista, o secretário-geral da FENPROF lembrou os tempos de aluno em Tomar, os primeiros anos como docente do 1.º ciclo em vários concelhos do distrito de Coimbra, a “chamada” para a vida sindical, o “crescimento” do STOP e o que irá fazer após 18 de maio de 2025.

“No dia 19, provavelmente, vou à minha escola outra vez, mas neste caso para meter os papéis da apresentação, pois vou ter que ficar à espera durante um período, e depois vou esperar. Eu não gosto de organizar, dizer, agora vou deixar de fazer isto, e vou fazer aquilo, e depois vou fazer… Eu gosto que as coisas aconteçam, e tenho a certeza que elas vão acontecer”, afirmou.

Veja a entrevista NDC a Mário Nogueira

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